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A Lei de Moisés já oferecia salvação pela graça e fé 

A Lei de Moisés já oferecia salvação pela graça e fé 

Neste texto veremos que a maneira de Deus salvar as vidas no Antigo Testamento não mudou após a vinda de Jesus. Você já parou para pensar por que existiu a Lei de Moisés? Por que foi necessário que os homens vivessem por tanto tempo sobre este fundamento; e o Senhor não ofereceu a graça e o sacrifício de seu filho desde a queda do homem? Neste estudo vamos analisar porque a Lei de Moisés foi importante e qual o seu fundamento, afinal, ao lermos o livro de Romanos, vemos que até parece existir uma contradição, pois lemos em Romanos 6:14 – “Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça”. No entanto, pouco antes, no Capítulo 3, versículo 31, lemos – “Anulamos então a lei pela fé? De maneira nenhuma! Pelo contrário, confirmamos a lei”. Por que Paulo escreveu esta contradição? Aliás, trata-se mesmo de uma contradição?

Leia sobre a salvação pela graça.

Significados da palavra Lei 

No Novo Testamento a palavra Lei é utilizada com três significados distintos. Em Romanos 3:19, o termo lei refere-se a todos os livros do Antigo Testamento. O segundo significado do termo lei é o que foi utilizado por Jesus para referir-se a uma parte do Antigo Testamento (Mateus 5:37). Neste sentido de referir-se a uma parte do Antigo Testamento, normalmente era usado como referência à Lei de Moisés, ou seja, os cinco primeiros livros da Bíblia, a Torah. O terceiro significado da palavra lei é uma referência à distorção que os religiosos fizeram da fé judaica, transformando a dependência de Deus em dependência do legalismo, das interpretações humanas.

Neste terceiro sentido, podemos ler a palavra lei em Romanos 3:20 – Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à lei, pois é mediante a lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado. Vamos ler também Romanos 6:12 – Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça. Recomendamos que você leia também Gálatas 2:16 e Gálatas 3:2 a 5.

Achamos importante entender estes três significados da palavra lei no Novo Testamento, para que possamos compreender que a Lei de Moisés não tem a ver com a lei dos religiosos, principalmente fariseus e saduceus.

Salvação pela graça, através da fé 

Algumas pessoas, até defendem que a salvação oferecida por Jesus e oferecida a Abraão são semelhantes entre si, mas ainda assim, existe uma diferença da salvação oferecida a Moisés. Acham que, na Lei de Moisés, a salvação é uma recompensa pelo cumprimento da lei.

Vamos ler agora Efésios 2:8 a 9, um versículo chave sobre a salvação por graça, mediante a fé.

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam a Lei de Moisés não traz uma forma de salvação distinta do Novo Testamento, muito menos sua forma de santificação.  Por vezes, lemos Efésios 2:8 e 9 e achamos que a salvação no Antigo Testamento se dava por cumprimento da Lei de Moisés, o que não é verdade. Desde os tempos de Moisés a salvação é pela graça, através da fé. Caso contrário, o Senhor seria contraditório e mau, pois exigiria um comportamento perfeito de sua criação, mesmo sabendo que isso é impossível. Se a salvação fosse por meio do cumprimento da Lei, ninguém seria salvo.

Para uma compreensão melhor sobre a salvação pela graça, mediante a fé, já presente na Lei de Moisés, vamos enumerar cinco pontos neste estudo.



Lei de Moisés está cheia de amor

Lendo os próprios ensinamentos de Paulo, vemos que as leis do Antigo Testamento já eram cheias de amor ao próximo. Por isso, Paulo escreveu, em Romanos 13:8 a 10, que as leis antigas se resumiam em amar ao próximo como a si mesmo. Ao escrever aos Gálatas ele reafirma isso.

Toda a lei se resume num só mandamento: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Gálatas 5:14.

Aliás, o próprio Jesus ensinou isso, como podemos ler em Mateus 7:12 – Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas.

Curiosamente, Tiago também ensinou isso. Se vocês de fato obedecerem à lei real encontrada na Escritura que diz: “Ame o seu próximo como a si mesmo”, estarão agindo corretamente. Tiago 2:8.

Estes três exemplos (Paulo, Jesus e Tiago) nos mostram que a Lei de Moisés leva as pessoas a amarem uma às outras como a si mesmos. Podemos dizer que, ao amar o próximo como a nós mesmos, estamos cumprindo as leis do Antigo Testamento também.

Amor é fruto da fé 

O segundo ponto que vamos abordar é que o amor não uma atitude pessoal para esperarmos mérito, recompensa, diante do Criador. O amor é fruto da fé nas promessas de Deus. Apesar de fazermos muitas coisas por amor, fazer muitas coisas não significa que estamos fazendo por amor, podemos estar agindo por obrigação, ou religiosidade, por isso Paulo diz em 1 Coríntios 13:3:

Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.

Recomendamos você leia ainda: Gálatas 3:5, Gálatas 5:22, 1 Timóteo 1:5 e 1 João 4:7.

Não queremos aprofundar o assunto amor, mas o Novo Testamento deixa bem claro que o amor genuíno é fruto da fé nas promessas de Deus.

Lei de Moisés leva ao amor e fé 

Achamos importante separar o segundo item (Amor é fruto da fé) deste para facilitar a compreensão do texto. Pois agora, vamos ver que a Lei de Moisés não exigia obras por mérito, mas ensinava uma obediência genuína, fruto da fé. Pois, se, como vimos antes, a Lei ensina a amar e amar vem da fé, logo, a Lei de Moisés estimulava a fé. Este detalhe acaba passando desapercebido, quando olhamos para a Lei de Moisés, pois a tendência é sempre olhar para os fariseus do tempo de Jesus, que seguiam uma religião e não a fé ensinada por Moisés. Como podemos ler em Romanos 9:30 a 32, os fariseus não estavam seguindo a Lei de Moisés, por isso não representavam bem seus ensinamentos. Seria como pegarmos os cristãos de hoje que não seguem os ensinamentos de Jesus para dizermos que TODOS OS CRISTÃOS são hipócritas, o que não é verdade. Os judeus estavam negligenciando a essência da Lei de Moisés. Usar a lei como método para alcançar a salvação, contradiz a própria lei.

O erro dos judeus daquela sociedade foi seguir a lei como fórmula para ganhar a salvação através de obras. Seria como os cristãos acharem que a salvação também vem por obras. Ambos pensamentos são inválidos. Por isso, Romanos 3:31 diz que a Lei de Moisés não deve ser negada, mas confirmada.

Ao lermos Êxodo 20, trecho dos 10 mandamentos, vemos que o propósito do Senhor era chamar o povo a crer nEle, pois o povo acabara de sair de uma escravidão de 400 anos e estavam “sem rumo certo” no deserto. O êxodo (saída do Egito para a Terra Santa) seria um sinal do amor de Deus, como foi a morte e ressurreição de Cristo, que aconteceu, não por coincidência, na época de Páscoa.

Podemos concluir este terceiro item dizendo que o êxodo foi o maior sinal, até então, de que o Senhor cuidaria de Israel e a Lei de Moisés evidencia como Israel deveria viver, se realmente confiasse em Deus. Ao confiar sua vida a Deus, você não rouba, não seduz, não abusa do funcionário (na época, escravos), não se rebela contra pai e mãe, e assim por diante. A Lei de Moisés serve para mostrar como devemos viver, se realmente confiamos em Deus. As leis não são um guia para a salvação, mas um guia para demonstrarmos nossa fé.

Lei se resume na obediência pela fé 

Após compreender os três primeiros itens deste estudo sobre a Lei de Moisés, chegamos à conclusão que a obediência às leis são naturais, a partir do momento que vivemos por fé. Existe muita confusão quando confundimos as leis de fé do Antigo Testamento com leis culturais, como a dos alimentos, sacrifícios, organização política etc. Essencialmente, o que mudou com o sacrifício de Jesus foi: o fim dos sacrifícios e a purificação de todos os alimentos – 1 Coríntios 5:7 e Marcos 7:19.

Sobre a obediência da lei, ou das leis, Paulo nos ensina que a letra mata e o Espírito vivifica. Por isso, Cristo foi sacrificado, para que o Espírito Santo pudesse ser derramado em nós, assim, agora, podemos viver pelo Espírito e não pela carne. Recomendamos que leia: 1 Coríntios 3:6 – Romanos 8:3 e 4.

Devemos ter prazer na Lei do Senhor 

A chave para este estudo sobre a Lei de Moisés é entender que o amor ao Eterno nos leva a seguir, cumprir e amar suas leis por prazer e não por obrigação, por isso, os que amam o Senhor meditam em sua lei de noite e de dia (Salmos 119:97) e, com prazer, desejam cumpri-las (Salmos 19:7 a 14).

Finalizamos este estudo relembrando que a Lei de Moisés nunca serviu como guia para salvação por obras, essa interpretação foi feita por grupos religiosos como fariseus e saduceus. Assim como a aliança com Abraão e por meio de Jesus, a Lei de Moisés leva ao amor e à obediência pela fé, para salvação pela graça de Deus, e não por obras.

Outros estudos que você pode consultar:

 
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4 comentários sobre “A Lei de Moisés já oferecia salvação pela graça e fé 

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