Bem aventurados os pacificadores

Jovens e adolescentes

Vamos começar este estudo sobre a expressão bem aventurados os pacificadores com uma curiosidade bíblica que podemos encontrar em Mateus 5, quando Jesus faz o famoso sermão da montanha; ao mencionar “bem aventurados os pacificadores”, Jesus diz que estes serão chamados filhos de Deus (Mateus 5:9). Isso significa que seremos semelhantes ao Altíssimo em nossas condutas. Quando Jesus iniciou seu ministério, logo mostrou que seu discurso era diferente dos sacerdotes da época, fariseus e saduceus, pois pregava uma conversão genuína, um amor maior do que as leis, o que era uma afronta às tradições daquela época. Os rituais religiosos passaram a não ter mais valor nenhum, pois eram apenas rituais para demonstrar aparente servidão a Deus. O sermão da montanha foi o princípio da mensagem de Jesus, o verdadeiro valor humano era resgatado.

Ser um pacificador significa promover a paz. O cristão deve promover a paz por onde for, e isso tem uma dimensão muito grande, pois está diretamente ligado com todas as áreas de nossas vidas, desde a espiritual até a profissional. O cotidiano, porém, nos tira essa percepção e passamos a agir como os demais agem, como a sociedade moderna age e deixamos de ser pacificadores para nos tornarmos murmuradores.

Polêmicas no mundo “Gospel”

Para ver se nos encaixamos no perfil de “bem aventurados os pacificadores” podemos identificar alguns sinais; e um bom sinal para identificar um murmurador é verificar aqueles que sempre criticam pastores, igrejas, cantores evangélicos e assim por diante, o chamado “mundo gospel”.  Não estamos dizendo que não há problemas ou que ninguém erra, mas não cabe ao pacificador colocar lenha na fogueira, pelo contrário, quem quer ser reconhecido como filho de Deus deve evitar as queixas, não dar ‘trela’ para aqueles que estão criticando, não suscitar discussões ou divisões.

Pessoas que estão sempre prontas para criticar e apontar os erros dos “artistas gospel” estão longe de serem chamados filhos de Deus, pois os pacificadores serão chamados filhos de Deus e não os murmuradores.

A boca fala do que está cheio o coração

Certa vez, Jesus também ensinou que a boca fala do que está cheio o coração. Pessoas prontas a condenar os outros, falar que “fulano é um amor, mas…” é um sinal de que devemos refrear nossas palavras. Tiago 1:26 diz que o que não refreia sua língua engana a si mesmo e sua religião é vã, ou seja, sem refrear nossas palavras, estamos vivendo de aparências, de pura religiosidade, como os fariseus. Este ensinamento complementa o de Jesus, quando disse que são bem aventurados os pacificadores.

Os murmuradores incitam as demais pessoas a reclamarem também. Não ficam contentes em murmurar, querem que os demais murmurem também.

Quando começam a criticar a igreja, ficam ‘cutucando’ os demais para começarem a falar mal também. Criticam a postura do pastor, a iluminação, o som, o andamento do culto e assim por diante.

Devemos nos vigiar e fazer prevalecer em nós o amor ao próximo, para sermos vistos como filhos de Deus. Quando lemos que são bem aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus, logo podemos entender que a ação de pacificar é uma característica que nos assemelha com o Pai, pois a comparação com os filhos insinua que seremos parecidos, pois os filhos são parecidos com os pais.

Murmuradores são mornos na fé

Já fui murmurador e estava sempre pronto para achar os defeitos do culto ou de uma igreja. Hoje, olho para trás e vejo que fazia isso justamente porque estava ficando morno na fé. Não tinha mais o coração voltado para o Criador, mas para mim mesmo, queria que as igrejas, os cultos e os pastores fossem conforme meus pensamentos, meu ideal de igreja e de cristianismo. Com vergonha olho meu passado e vejo que além de ter sido morno na fé, ainda poderia ter contaminado outras pessoas e até ter feito vidas desviarem do evangelho.

Mais uma vez, ao ler que são bem aventurados os pacificadores, posso entender que realmente a nossa atitude de pacificar se assemelha muito mais com o Pai do que qualquer outra atitude de revolta, condenação, julgamento, justiça própria.

Chefes, políticos e vizinhos

Além das figuras religiosas, do “Mundo gospel”, os murmuradores têm como alvo colegas de trabalho, normalmente os chefes, políticos e até os vizinhos. Enfim, onde está inserido, traz consigo a discórdia. Em Romanos 12:18 lemos que Paulo instrui a termos paz com todos. “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”, escreve. Este ensinamento de Paulo complementa o discurso de Jesus “bem aventurados os pacificadores”.

No capítulo seguinte, somos orientados a ser obedientes às autoridades.

“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação”, Romanos 13:1-2.

Se político é corrupto, se o chefe é exigente, nada disso não nos dá motivo para subverter a ordem, Jesus disse “a Cesar o que é de César”, Lucas 20:25.

Tenha paz com todos 

Muitas vezes identificamos o filho com o pai porque são parecidos nas atitudes. Que possamos nos esforçar para sermos parecidos com nosso Pai, Criador dos Céus e da Terra, ao nos tornarmos pacificadores neste mundo. Que possamos nos esforçar para fazer valer em nós a ideia que são bem aventurados os pacificadores pois serão chamados filhos de Deus.

Continue seu estudo sobre as bem aventuranças, lendo os textos: