Estudo sobre casais cristãos, internet e redes sociais 

Estudo sobre casais cristãos, internet e redes sociais 

Com certa frequência recebemos pedidos de estudo sobre casais evangélicos e redes sociais, pois este novo “aparato” da vida moderna tem atrapalhado muitos relacionamentos. Sejam cristãos ou não, casais estão cada vez mais passando por crises no lar por causa da internet, das redes sociais e dos computadores. São jogos de vídeo games, redes sociais e sites de entretenimento que tiram o tempo do casal, abalando a estrutura do lar. Desejamos que as famílias desfrutem do que o Senhor tem para suas vidas sem deixar que as redes sociais tirem nossa aliança. Se, por um lado, a internet traz bons conteúdos (como o deste site), por outro lado, não podemos nos apartar do contado humano e nem mesmo da leitura de livros. 

Com este estudo sobre casais, internet e redes sociais queremos fazer que marido e esposa pensem bem em como lidam com a tecnologia em suas vidas e também como suas famílias se relacionam com a tecnologia. Será que estamos ensinando nossos filhos a lidarem bem com a internet, ou para nós (pais) é mais cômodo deixar nossos filhos no computador para não termos que nos preocuparmos com ele. Precisamos realizar uma reflexão ampla e inteligente sobre família e mídia, pois pensamos que saber usar a internet significa que sabemos usá-la beneficamente. Uma criança com nove ou dez anos sabe usar as redes sociais, fazer login, acessar sites e fazer comentários. Mas sabe evitar hackers, pedófilos, fazer comentários saudáveis, buscar informações em sites confiáveis, diferença de notícia e boato, evitar contendas ou não passar informações pessoais em sites que pedem cadastro? Percebe que saber usar a internet é diferente de usá-la com responsabilidade? 




Pesquisas e dados 

Algumas pesquisas recentes podem nos ajudar a compreender como a relação entre família e internet pode ser perigosa. Separamos para este estudo sobre casais cristãos e internet algumas informações preciosas. A Universidade de Baylor, nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa que constatou que os celulares estão prejudicando os relacionamentos amorosos e ainda levam as pessoas a um certo nível de depressão. Neste estudo, os pesquisadores fizeram uma série de experiências e entrevistas com casais adultos e chegaram ao resultado que apenas 32% destes entrevistados se disseram não ter problemas de relacionamento causados pelo celular. Cerca de 46% dos entrevistados se acham ignorados quando o cônjuge está no celular. Um dos professores que comandou o estudo, Meredith David, explicou que muitas vezes achamos que pequenos momentos nos distraindo no celular não faz mal a ninguém, mas a pesquisa mostrou o contrário. Este tempo que passamos no celular afeta o relacionamento com quem está próximo, que se sente ignorado. Estas informações foram publicadas no jornal O Globo, em 2 de outubro de 2016. 

Já o jornal Daily Mail, da Grã-Bretanha, publicou o resultado de uma pesquisa que aponta que já chega a 15% a proporção de divórcios ligados ao uso exagerado do computador. As mulheres reclamam que seus maridos passam muito tempo na internet e em jogos de vídeo game. Além disso, um em cada cinco divórcios na terra da rainha Elizabeth estão ligados ao uso do Facebook. Já o uso de celulares é o responsável por um divórcio em cada oito.  

Na Itália, pesquisa aponta que cerca de metade dos divórcios por adultério que ocorrem no país são causados pelo uso indevido do Whatsapp. Segundo o jornal britânico Independent, está se tornando comum os homens manterem mais de um relacionamento amoroso com seus contatos do Whatsapp. 

Como você usa essas ferramentas? 

Os números são assustadores e tendem a aumentar conforme as pessoas passem a se acostumar com o uso das redes sociais em diversos dispositivos. Por isso, precisamos entender como as famílias cristãs estão usando a internet, as redes sociais e seus celulares. Precisamos ressaltar neste estudo sobre casais e redes sociais que o uso destes equipamentos não pode ser banalizado. Aliás, nas próprias igrejas, o uso de celular aumenta bruscamente. Sob o discurso de levarem “uma bíblia virtual”, jovens e adultos abrem mão da bíblia tradicional (de papel) para levarem apenas a versão de seus celulares. O problema é que continuam conectados às redes sociais em pleno culto.  

Talvez, os pastores e pregadores devessem insistir para que seus fieis abrem mão da bíblia virtual para continuarem levando as versões impressas. Não queremos condenar tal uso, mas esta é apenas uma ideia para que as pessoas percebam que muitas vezes usamos estes dispositivos sem necessidades. Sob o pretexto de estarmos usando o celular, ou tablet, para um bom fim, ler a bíblia, acabamos nos distraindo e caindo no erro comum de passar tempo nos aplicativos, ignorando o que ocorre a nossa volta, inclusive a própria pregação. Desejando que estes aplicativos sejam menos frequentes no convívio das famílias, talvez seja uma boa ideia incentivarmos as pessoas a não usarem uma bíblia virtual quando forem à igreja. 

Distanciamento estando perto 

Como vimos na pesquisa apontada no início do texto, o tempo que passamos com dispositivos eletrônicos faz que aqueles que estão perto de nós se sintam ignorados. A situação está ficando tão fora de controle que um restaurante em Los Angeles, Eva, chegou a oferecer desconto a quem conseguisse ficar uma refeição sem mexer em celulares. Ainda assim, apenas um em cada quatro clientes obtiveram o desconto.  

Além de todos os perigos e tentações que a interne nos expõe, o simples fato de nos isolarmos de quem está a nossa falta já representa um grande perigo às famílias. Ainda que não estejamos fazendo nada de errado na internet, o seu uso incontrolável nos coloca longe de quem mais deseja nossa presença, nossa família, nosso cônjuge. 

A exposição nas redes sociais indica que o casal está passando por um período preocupante. Casais realmente felizes aproveitam o tempo agora, não priorizam o que postam nas redes sociais. Ao levar este estudo sobre casais e tecnologia para sua igreja, ou seus familiares, fale desta questão de exposição na internet.  

Outra pesquisa, publicada na revista Personality and Social Psychology Bulletin, indica que a maior parte dos casais que postam frequentemente em redes sociais, na verdade, enfrentam mais problemas do que os que não postam. Pessoas mais ansiosas são as que postam mais sobre seus relacionamentos, no intuito de mostrar aos outros que sua vida conjugal (ou de namoro) está ótima o tempo todo. 

Aproxime-se 

Para superar este desafio, os casais devem regulamentar o uso da internet e celular. As pessoas precisam se regrar com o uso dos equipamentos de tecnologia. Como falamos anteriormente, saber usar os recursos das redes sociais não significa que sabemos usá-la de forma saudável. Precisamos viver o aqui e o agora. 

Para terminar este estudo sobre casais cristãos, pense em uma atividade que faça os participantes refletirem sobre o uso das redes sociais. O grupo pode debater ou responder a um questionário sem precisar se identificar sobre os seguintes aspectos. 

  1. Você acha que seu parceiro utiliza muito as redes sociais e o celular?
  2. Seu parceiro já reclamou que você passa muito tempo no celular?
  3. Você sabe dizer quanto tempo cada pessoa em sua família passa no celular e computador por dia?
  4. Quanto tempo uma pessoa deve usar o computar e o celular por dia de uma forma saudável?
  5. Como você poderia diminuir seu tempo nas redes sociais?
  6. Quais as redes sociais que você utiliza?
  7. Seria possível determinar um horário para que todos em sua casa parem de usar a internet?

Com estes pontos de reflexão você pode concluir seu estudo sobre casais evangélicos. Se preferir, você também pode realizar este debate e entregar o questionário antes do estudo. Assim, todos ficam atentos em cada ponto chave da ministração. 

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3 comentários sobre “Estudo sobre casais cristãos, internet e redes sociais 

  1. Precisando de aconselhamento:
    Minha esposa e eu estivemos longe – distantes fisicamente – um do outro por motivo de maternidade, onde engravidamos e ela permaneceu lá durante 14 meses. Tudo correu bem. Nosso contacto era permanente e diário via internet (email e vyber e chamadas telefone). Durante este período estive visitando minha esposa 5 vezes por um período de 15 dias cada. Em média de 3 em 3 meses estive com ela 15-20 dias.
    Eu não uso Whatsapp, FaceBook, Istagram, etc. por uma questão de princípio e protecção de mim mesmo. Não gosto de me ver exposto ao mundo! Conheço como funcionam estas plataformas sociais virtuais.

    Entretanto, minha esposa começou a fazer uso das redes sociais via Whatsapp. Primeiramente para manter contacto com a família reduzindo os custos com telefone, mas depois começou a manter contacto com colegas de serviço e outros familiares.
    O facto é que minha esposa passou a fazer uso excessivo, essencial, preferencial, diário das redes sociais, entrando em grupos das redes sociais, recebendo e enviando imensas mensagens e informações de vária ordem, de todo o tipo e género, sem limites de temas e sem horário.
    Chegando mesmo a receber e a reenviar mensagens eróticas, picantes e intimas. Comentários obscenos, insinuações, fofocas, conversas, comentários, histórias e cenas com carácter de adultério conjugal, incentivando o adultério ou desvalorizando o acto de adultério, o matrimonio e o lar.
    Trocando diariamente imagens e videos com carácter erótico e com alto grau de confiança e intimidade. Até com colegas de serviço do sexo masculino e pessoas do conhecidas (do sexo masculino).
    Ela nunca foi boa em computadores e nem internet.
    Julgo que entramos nesta onda de redes sociais para tirar benefício na comunicação fácil e com custos financeiros muito reduzidos, mas a falta de experiência, vontade, solidão ou descaminho levaram minha esposa a este nível actual.
    Nosso relacionamento degradou bastante. Já não temos tanto tempo para nós mesmos. Tudo circula a volta da informação do Whatsapp. Não se pode negar nada porque tudo é verdadeiro. Novos amigos virtuais têm sempre razão e sabem aconselhar nosso lar bem melhor que a Bíblia.

    Detectei esta situação simplesmente um dia verificando fotos e videos no telefone dela, porque nunca tivemos segredos pelo uso do telefone. Sempre deixamos nossos telefones disponíveis um para o outro sem limitação ou questões de privacidade.
    Quando detectei esta situação arranjei coragem e conversei com ela. Disse a ela que eu sabia de tudo. Pedi-lhe que terminasse com tudo isso. Que eu estou triste, arrasado com esta realidade, envergonhado, escandalizado e perdendo minha identidade ou honra. Uma vez que muitas destas pessoas (do sexo masculino) conheço e conhecem-me.
    Ela tem muitas dificuldades de reconhecer os seus próprios erros e falhas. É uma luta constante!
    No princípio ficou chateada, disse que era normal, que hoje em dia todo mundo usa as redes sociais, que tratam-se de informações e mensagens de correm no grupo, que não tem outro jeito!!!
    Disse que eu não uso e portanto não conheço isso, que estou antiquado, que tudo isso é normal.
    Ela indagou-me que eu desconfio dela, que andei mexendo no telefone dela.
    Depois reconheceu que estava errada com relação aos colegas e pessoas do sexo masculino.
    Depois ela pediu um tempo para solucionar este assunto.
    Passaram-se já 20 dias!
    Vejo que ela adoptou outro comportamento: Mantém o seu telefone sob vigilância 24/24 horas. Em lugar visível, ou desliga o telefone. Continua recebendo informações e trocando correspondência com as mesmas pessoas via Whatsapp. Provavelmente o mesmo tipo e nível de informação, porque ela agora apaga as imagens e videos, mas fica a informação gravada!!! Recebe as mensagens no período da noite quando estou dormindo.
    Nota: Ela fica mais tempo acordada. Temos um bebé recem-nascido. Uma benção!!! Graças á Deus!!!
    As vezes tenho vontade de verificar o telefone dela, mas penso no desgaste emocional que estou passando e que poderei passar mais ainda. Noites mal dormidas, etc
    Ainda não passou muito tempo para ela resolver este assunto?
    Que conselhos vocês podem me dar?
    Que comportamento devo adoptar?
    Sei que terei de ter força e fé!
    Sei que tenho de orar e confiar!
    Sei que tenho de ter um bom relacionamento com minha esposa!
    Mas então como passar por esta fase?
    O que eu posso dizer novamente à minha mulher?
    Será que ela vai escutar novamente um professor ou santo de casa?
    Por favor enviem vossos comentários e melhor aconselhamento.

    Muito obrigado
    Mário Benguelense

     
    1. Cara, que situação chata! Mas acho que você tem que se impor mais como marido, sua esposa esta cagando mole pra sua opinião e para o que voce sente e voce é o lider da casa! Ore bastante antes mas tenha uma conversa séria com ela e diga que voce como marido, lider e sacerdote do seu lar nao tolera esse tipo de comportamento.

       

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