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Ingratidão nos leva ao deserto 

Ingratidão nos leva ao deserto 

Vamos iniciar este texto sobre ingratidão, refletindo sobre uma das histórias mais emblemáticas da bíblia, o êxodo, a saída do povo hebreu da terra do Egito, onde eram escravos. Nesta histórias podemos aprender muitas coisas, mas a maior lição que podemos tomar para nossas vidas é que a ingratidão, a murmuração não traz benefício algum. Ao ler Números 14 podemos ver que aquela geração de israelitas, exceto Josué e Calebe,  não entrou na terra prometida porque não acreditaram que poderiam invadir Canaã. A ingratidão nos impede de ver as coisas boas, focamos apenas no que é ruim, e desperdiçamos a oportunidade de receber as bênçãos que o Altíssimo separou para nós.

Podemos até entender que, ao ler o texto de Números 14, o castigo de não possuir a terra prometida se deu muito mais pela falta de fé do que da ingratidão, mas acredito que as duas coisas caminham juntas, basta olhar algumas pessoas ao nosso redor para perceber que as murmuradoras são as que trazem sobre si seus próprios malefícios e ficam impedidas de alcançar as bênção de Deus. A murmuração é a consequência da ingratidão. Pessoas murmuradoras são pessoas que nunca estão satisfeitas com nada, vivem reclamando de tudo e sempre procuram os defeitos, não as qualidades.

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Qual a sua insatisfação?

Quando estamos insatisfeitos temos a tendência a acreditar que estamos passando por tribulações, por sofrimentos, quando na verdade não estamos. Voltando à história do êxodo, podemos ler que a terra que os hebreus estavam prestes a conquistar era próspera e frutífera, mas oito dos dez espias que subiram à terra focaram a visão nos soldados, no exército, na proteção que a cidade tinha. Calebe e Josué preferiram focar nos benefícios. É a velha pergunta “o copo está meio vazio ou meio cheio?”. Para os pessimistas o copo está meio vazio, pois focam as dificuldades, o que falta, o que pode atrapalhar. Os otimistas entendem que o copo está meio cheio, pois tem algo ali que podemos aproveitar.

Quando falamos de nossa fé, nossa vida espiritual, não podemos resumi-la a sermos otimistas ou pessimistas, mas em pessoas gratas ou ingratas.

“Não aguento mais…”

Conhece alguém que quer muito uma coisa, e algum tempo depois já está reclamando daquilo? Por exemplo, alguém quer um emprego, alguns meses depois diz que não aguenta mais o emprego. Quer casar, mas após alguns meses, ou poucos anos, vive reclamando de seu cônjuge. Conheço muitas pessoas assim, elas ficam satisfeitas apenas momentaneamente. Isso é um indício de ingratidão.

São pessoas ingratas, que não conseguem enxergar os benefícios que possuem e como Deus lhes dá oportunidade para serem felizes na vida. Antes de abrir nossa boca para murmurar devemos refletir bem no que vamos falar, se vamos murmurar contra algo que a pouco tempo atrás desejávamos muito, talvez o problema esteja em nós.

A ingratidão do traidor

Se formos um pouco mais além, radicalizando, podemos lembrar de Judas Iscariotes, o traidor. Desconsiderando as motivações da traição, é inegável que Judas só traiu Jesus porque era uma pessoa ingrata. Depois de passar anos com o Filho de Deus, aprendendo e vendo milagres, mas mesmo assim decidir entregá-lo aos soldados romanos, é um forte indício de ingratidão. Judas não teve a menor consideração por seu mestre, traiu-o quando achou que não poderia conseguir mais nenhum benefício próprio.

A ingratidão pode nos levar a trair a nossa fé. Quando somos ingratos podemos desmerecer as bênçãos que Deus nos oferece. Criticamos o nosso salário, o marido, a esposa, o filho, o governo, a seleção brasileira. Tudo vira motivo de críticas, murmuração, isso porque ficamos mal acostumados a ponto de não aceitar ocorrências contrárias àquilo que imaginamos ser o ideal.

Ingratidão nos impede de alcançar a bênção

Não sou muito a favor de citar as bênçãos de Deus como moeda de troca porque Deus é misericordioso, mas posso dizer que a ingratidão impediu a mim mesmo de alcançar algumas bênçãos mais cedo. O exemplo do povo hebreu e o êxodo ilustra bem como a ingratidão é uma porta aberta para impedir que recebamos as bênção do Eterno.

Não podemos mais concordar com as críticas e reclamações dos outros como se fossemos papagaio. O cristão tem o dever de demonstrar sua gratidão, ainda que a figueira não floresça, como nos ensina o livro de Habacuque 3:17 e 18:

Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.

 
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5 comentários sobre “Ingratidão nos leva ao deserto 

  1. Este tema pode parecer um assunto fácil e comum, podemos lê-lo e achar que nada tem a ver com nossa vida. Podemos ler todo o texto e lembrar de alguém, alguma pessoa que se encaixa no assunto abordado, mas nunca pensamos que esse alguém pode ser nós mesmos. O entrave nos olhos dos outros é mais fácil de ser visto do que aquele que está em nossos olhos, não é? . Sempre tive facilidade de ver erros nos outros, sem perceber que era mais fácil apontar o outro do que confrontar comigo mesmo. Tenho aprendido que o outro é meu espelho, os erros que vejo nele são aqueles que não quero ver em mim. Saiba que este processo é doloroso amados, mas fazendo assim, podemos construir uma personalidade mais parecida com a de Jesus. Deus tem me ajudado e através de seu Espírito amoroso e misericordioso, Ele tem derramado de sua graça sobre mim .É preciso que sejamos desconstruídos para Deus operar em nós a Sua obra. Tenho tido um olhar de Cristo sobre as dificuldades e lutas, sem murmurar, sem reclamar, dando graças ao Senhor pela oportunidade de crescer, e Deus tem me honrado . Tenho aprendido a conviver com as pessoas sem ficar apontando seus defeitos( foi difícil, pois esta era minha especialidade), e tenho conquistado irmãos verdadeiros e descoberto pessoas maravilhosas que junto comigo estão crescendo dia a dia, nas adversidades. Obrigada por ter exposto este tema, tão marcante e importante em nossas vidas!! Parabéns pela sua sensibilidade á voz do Espírito!!!!

     
    1. Estamos aprendendo todos os dias. A bíblia nos diz que “a alma farta pisa o favo de mel” Provérbios 27:7 . Ou seja, quando estamos cheios de bênçãos, menosprezamos e reclamamos até do que é bom.

       
  2. Este tema caiu serviu como uma luva na minha vida atual, pois venho passando por grande prova( Solidão, tristeza, depressão, agonia, insonia, pertubação, etc ) tudo por causa da ingratidão. Me sintp, de fato, em deserto, perdido, só.
    Deus vinha me abençoando muito nos ultimos anos, mas eu não tinha conhecimento sobre gratidão ou seja, não agradecia por cuidar de mim. Hoje penso que ele resolveu me castigar e me tirar quase tudo, me deixando nesse deserto, ness tristeza, nessa agonia, para eu refletir e aprender a agradecer.
    Obrigado pela palavra. Vai me ajudar muito.

     

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