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O que João 2 nos ensina sobre santidade

O que João 2 nos ensina sobre santidade

Ao ler João 2, encontramos uma das histórias bíblicas sobre Jesus mais conhecidas, que é quando ele purifica o templo, ou seja, ele expulsa os mercadores, também conhecidos como vendilhões, causando tumulto e insatisfação. Ainda hoje, lemos este trecho com algumas dúvidas na cabeça. Por que Jesus foi tão agressivo? Por que aqueles mercadores estavam ali? Neste devocional, vamos refletir um pouco sobre o assunto. Recomentamos que, ao final da leitura deste devocional, você também reflita sobre o texto, estudando-o diretamente em sua Bíblia. Vamos ver por que Jesus foi tão firme na sua forma de agir diante daquele povo, se ele poderia ser mais dócil como havia sido alguns dias antes nas bodas de um casamento. 

Ao começar a leitura de João 2, lemos sobre o primeiro milagre público de Jesus. Ele está em uma cerimônia de casamento quando o vinho daquela festa acaba. Sua mãe, Maria, vai a ele para que Jesus pudesse resolver aquela situação de alguma forma. Então Jesus, resolve o problema da forma mais simples e surpreendente possível, ele transforma jarros de água em vinho. Todos ficaram admirados com aquilo e a festa prosseguiu. Esse detalhe nos mostra como ele iniciou o seu ministério cuidando de uma situação aparentemente simples, falta de vinho em um casamento, mas ele, movido de compaixão e amor, se manifesta e realiza o milagre. 

Leia também este estudo sobre tomar a ceia indignamente.

Logo em seguida, João narra a ida de Jesus ao templo, que foi quando ele encontra uma série de cambistas e mercadores que agiam de forma desleal, explorando todos que visitavam o templo. 

E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados. João 2:14 

O grande problema encontrado ali, por Jesus, foi a exploração dos que vendiam, pois vendiam ofertas por valores que pudessem compensar a morte do animal e ainda lucrarem com isso. Como grande parte do povo não tinha como apresentar por si a oferta, acabavam recorrendo a esses vendedores, para apresentarem algo no altar. 

Exploração  

Possivelmente, você já foi a algum lugar, como um aeroporto por exemplo, e encontrou preços absurdamente caros, não é verdade? Pois estes comerciantes exploram uma situação desfavorável do consumidor para elevar os preços. Ali, no aeroporto, você não tem muitas opções e se você começar a sentir muita fome vai ter que acabar cedendo e pagando um preço que você sabe que não é justo. Esta era, mais ou menos, a situação no templo. Os comerciantes vendiam seus produtos por um valor mais alto que o comum. Em uma condição ainda mais sensível, pois envolvia a fé das pessoas e a necessidade de buscar o perdão divino. Pessoas em busca do perdão do Senhor acabavam pagando um alto preço por aqueles animais de sacrifício. 

Como cristãos, devemos tomar muito cuidado ao motivar as pessoas. Vender camisas, lanches e outros materiais para apoiar uma causa, uma igreja, um trabalho missionário, ou um evento, por exemplo, é válido, desde que tomemos o cuidado de não “apelar” para o emocional ou para o espiritual. Por isso, em João 2, lemos Jesus expulsando os mercadores do templo, pois ele sabia que o desejo do coração daqueles mercadores não era apenas vender seus produtos para o sacrifício, mas era vender a um alto preço para obter lucro. 

Após a ressurreição 

Mais para frente, lemos que os judeus pediram a Jesus por um “sinal” de que ele, Jesus, tinha autoridade para fazer aquilo. Eles não pediram um milagre em si, mas um documento, ou um testemunho, por exemplo, de que ele tinha, segundo as tradições judaicas, autoridade para fazer aquilo sem ser penalizado. Se qualquer pessoa resolvesse fazer aquilo, seria questionado, preso e levado a uma sentença mais severa. Mas se essa pessoa fosse, por exemplo, um sacerdote ou um levita com autoridade, seria respeitado. 

Então Jesus fala do “sinal”, que reconstruiria o templo em três dias, causando alvoroço entre os judeus, já que o templo havia sido construído em 46 anos. 

Curiosamente, em João 2 versículo 22 lemos que após a ressurreição de Jesus, muitos se converteram e compreenderam suas palavras. 

Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito. João 2:22 

Neste trecho de João 2 aprendemos que precisamos tomar cuidado para não deixar que nossa vontade “carnal” de nos apresentarmos como “mais especiais, mais santos, cantores gospel, mais engraçado, mais animado, mais tradicional, mais evangelista, etc” seja motivado puramente por questão de vaidade pessoal.  

Muitas vezes, após anos de evangelho, queremos ser um “personagem” da igreja, nos esquecemos do principal, que é buscar a santidade e a comunhão com o Espírito de Deus. 

Devemos, constantemente, pedir a Deus que nos livre de toda vontade que não esteja alinhada com a do Criador. É preciso agirmos com humildade e discernimento para não deixar que nossos propósitos tenham motivações “comerciais”. 

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