José, Moisés, Isaque e Jonas provam que Jesus é o messias 

A semelhança de antigos heróis da nação de Israel com o messias, o ungido do Senhor, é evidente em diversas passagens bíblicas. Neste artigo, separei apenas quatro personagens bíblicos que apontam para Jesus como o messias judeu, o sacerdote ungido do Senhor e rei de Israel, conforme a figura de Melquisedeque, que, aliás, nem entra na lista deste artigo, já que essa comparação é bem evidente em Hebreus.

Por muitos anos, Deus preparou um povo para receber o seu ungido, a nação de Israel. No entanto, o orgulho de nossos corações e nosso intelecto nos levou a rejeitar o messias judeu, Yeshua (Jesus), quando ele nos ensinou coisas que eram bem maiores do que estávamos esperando. Não enxergamos sua luz e o rejeitamos.

Neste texto levantei quatro antigos personagens que viveram momentos semelhantes ao de Jesus, não por acaso, mas para que pudéssemos comparar as profecias com o profeta e testificar sua obra.

Você pode obter mais algumas informações interessantes lendo nossos textos:

• Como entender a Bíblia
• A história da Bíblia
• Como surgiu a Bíblia Sagrada
• Breve história da Bíblia Sagrada
• Compreendendo as profecias sobre Jesus, o messias
• Três evidências que Jesus é o messias judeu
• A lei de Moisés já oferecia salvação pela graça e fé
• A rocha, o véu e as tábuas evidenciam o messias judeu

Ressalto, no entanto, que a maior evidência que Jesus é o messias judeu não deve ser baseada apenas em profecias e letras, mas nossas próprias experiências com o Eterno, que nos mostra, por sua misericórdia, que temos uma nova aliança com Ele através de seu Filho Jesus, o Cristo.

Semelhança entre Isaque e Jesus 

Isaque foi o filho da promessa de Abraão; nasceu de uma forma sobrenatural (seus pais eram muito velhos para ter filhos). Isaque era o filho que selava a aliança de Deus com Abraão, assim como Jesus sela a aliança de Deus com todo Israel. Curiosamente, ambos chegaram a ser desprezado pelos seus próprios parentes.

Isaque foi levado ao sacrifício pelo seu próprio pai e Isaque não lutou contra o pai, apenas aceitou o que aconteceria. Da mesma forma o messias deveria aceitar o sacrifício que lhe seria imputado pelo próprio pai, no caso o próprio Criador. Podemos ler em Hebreus 11:17 a 19, que realmente há um simbolismo, uma evidência do messias no sacrifício de Isaque “Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar; E daí também em figura ele o recobrou”. O versículo 19 é bem claro ao falar que o acontecimento com Isaque foi uma figura, uma evidência do messias judeu, Jesus.

José, filho de Israel (Jacó) 

José era o filho “queridinho” de seu pai, mas acabou vendido por 20 moedas de prata (Gênesis 37:28). Curiosamente, Jesus, o filho amado a quem o Pai se compraz (Mateus 17:5), também foi vendido por moedas de prata, mas em seu caso foram 30.

Conhecendo a história de José, sabemos que foi levado à prisão, mas saiu para ser exaltado à direita do rei do Egito, o faraó. Podemos traçar este feito com o fato de Jesus ter sido crucificado, mas em seguida foi exaltado à destra do Altíssimo.

Alguns teólogos apontam para o registro de Êxodo 41:39 a 41 como outra semelhança entre José e Jesus. “Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu. Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito”. Esta passagem se assemelha com o registro de Efésios 5:18 a 20. “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos; e qual a sobre excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus”.

Talvez, a evidência que Jesus é o messias mais clara em relação à vida de José, seja o fato de ambos receberem uma noiva gentia. Em Gênesis 41:45 lemos “E Faraó chamou a José de Zafenate-Panéia, e deu-lhe por mulher a Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José por toda a terra do Egito”. Jesus recebeu sua esposa, a igreja, gentia por quanto tempo for rejeitado por Israel, até a grande tribulação. O mais incrível nesta semelhança é que quando José reencontrou seus irmãos, não foi reconhecido até o segundo encontro. Assim como Jesus só será reconhecido pelo seu povo, Israel, em sua segunda vinda.

A história de José nos mostra que sua ação não salvou apenas sua terra, seu povo, mas todos os povos da fome, como está em Gênesis 41:56 e 57. “Havendo, pois, fome sobre toda a terra, abriu José tudo em que havia mantimento, e vendeu aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do Egito. E de todas as terras vinham ao Egito, para comprar de José; porquanto a fome prevaleceu em todas as terras”. Jesus é o pão da vida, quem crê nele não terá fome, João 6:35.

Em Gênesis 45:4 e 5 lemos que José reconhece que o fato de ter sido vendido por seus próprios irmãos, no final das contas, foi o motivo de sua família se salvar da fome. Uma comparação com o sacrifício do ungido do Senhor para salvar a humanidade.

Por fim, assim como José perdoou seus irmãos, Jesus perdoou os seus ofensores.

Moisés e o messias 

Para começar uma das primeiras evidências que Jesus é o profeta prometido por Deus à Israel na história de Moisés é o fato de o povo rejeitar o seu libertador em um primeiro momento.

Em Atos 7, Estevão faz um belo discurso, que merece ser estudado por todo cristão. Neste sermão podemos ler que ele nos traz um ponto crucial da vida de Moisés. “E, quando completou a idade de quarenta anos, veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos, os filhos de Israel. E, vendo maltratado um deles, o defendeu, e vingou o ofendido, matando o egípcio. E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam. E no dia seguinte, pelejando eles, foi por eles visto, e quis levá-los à paz, dizendo: Homens, sois irmãos; por que vos agravais um ao outro? E o que ofendia o seu próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós? Queres tu matar-me, como ontem mataste o egípcio?”,  Atos 7:23-28. Neste trecho vemos que Moisés fora rejeitado como intermediador de seu povo, mas na segunda oportunidade foi aceito.

Ainda podemos falar sobre a intimidade de Moisés com Deus. Moisés foi o intermediador entre o Eterno e o povo em seu tempo, assim como é o messias Jesus.

Aliás, desde seu nascimento, Moisés já apontava para algumas características do messias. Moisés nasceu em uma época em que o rei do Egito queria matar todas as crianças (meninos) do povo hebreu. Quando Jesus nasceu, o imperador que dominava o povo de Israel (desta vez romano) também havia decretado a morte dos bebês hebreus.

Por fim, o corpo de Moisés nunca foi achado. Assim como, obviamente o de Jesus.

Mas não é só isso, o próprio Moisés disse que do povo de Israel surgiria um profeta como ele, por isso, em Atos 7:37, Estevão associa Jesus a este profeta prometido por Moisés.

 

A promessa que o Criador enviaria um profeta como Moisés está em Deuteronômio 18:15. “O Senhor, o seu Deus, levantará do meio de seus próprios irmãos um profeta como eu; ouçam-no”

Jonas evidencia o messias

Mais um exemplo claro de citar. Quando questionado se era ele, Jesus, o profeta que esperavam, Jesus usou a história de Jonas para comprovar sua autenticidade. “Então alguns dos escribas e dos fariseus tomaram a palavra, dizendo: Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas; pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra”, Mateus 12:38-40.

A semelhança não se refere apenas aos três dias, mas também ao fato de a palavra de Deus ser pregada aos gentios após este tempo. Jonas foi à Nínive para cumprir o propósito que lhe fora ordenado.