Os vários tipos de ateísmo

Existem várias formas de observarmos e pensarmos sobre a vida e a morte. Para o cristão, segundo a filosofia cristã, há possibilidade de uma vida eterna após a morte para aqueles que creem e aceitam Jesus como o Messias, o filho de Deus. Sabemos que existem outras religiões e aquelas pessoas que não seguem religião alguma, não acreditam em Deus ou creem de uma forma bem pessoal. Engana-se quem pensa que existe um tipo de ateísmo, pois ao analisarmos os diversos tipos de comportamentos humanos e suas formas de negar a existência de Deus, é possível verificar que há diversos pontos de vista e maneiras de negar a existência de Deus. Neste texto também vamos abordar algumas outras filosofias antibíblicas, que contradizem a fé cristã. Este estudo tem por objetivo entendermos o posicionamento de cada pessoa para podermos entender como pensam e como podemos nos defender de ideias e argumentos que possam desafiar nossa fé.

O ateísmo abrange todas as pessoas que não acreditam em Deus, mas o comportamento antropológico nos mostra que podem existir diferentes formas de negar a existência de um Criador.

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Tipos de ateísmo

O termo “ateu”, de origem grega, significa “sem Deus”, “nenhum Deus”. É o termo empregado hoje em dia para designar pessoas que não acreditam em Deus. Defendem veemente que não existem um Deus. Na minha opinião, muitos são até ateus fanáticos, pois vivem em razão de combater a fé em Deus.

Basicamente, existem duas linhas de postura dos ateus. Uma é mais ativa, combativa e outra mais passiva, que nega a existência de Deus, mas também admite que existe a possibilidade de sua existência. Falaremos sobre os passivos, agnósticos, mais adiante.

Ateísmo dogmático

A primeira categoria de ateu é o dogmático, aquele que defende seu ponto de vista e não aceita qualquer tipo de discussão. O ateu dogmático, por mais que possa parecer contraditório, defende seus dogmas baseado na “razão”, e combate ferozmente qualquer tipo de crença em um ser superior. Para eles, a religião só traz guerras, conflitos e involução humana. Vivem mais preocupados em criticar a fé do que viver segundo seus pensamentos e deixar os outros viverem. Assim como grupos religiosos vivem de converter vidas, o ateu dogmático tem por objetivo transformar qualquer religioso em ateu.

Ateísmo prático

Também podemos mencionar o ateu por conveniência, que alguns teológicos chamam de ateu prático, ou ateu na prática. Prefiro o termo “ateu por conveniência” pelo fato de que esses ateus são pessoas que preferem ignorar o assunto. Vivem negando a existência de Deus porque nunca foi comprovada. O ateu por conveniência seria aquele que prefere não debater o assunto e está convicto de sua postura, independente do que falem.

Ateísmo virtual

Por fim, existe o ateu virtual, o ateu que até admite a possiblidade de Deus existir, mas seria diferente de tudo o que pregam na Terra. É até contraditório, mas este tipo de ateu pode achar que se Deus existe não é como ensinam em nenhuma religião. Por achar que nenhuma religião prega um Deus correto, acaba preferindo defender a inexistência de um ser superior.

Agnosticismo

Para os agnósticos, ou ateus agnósticos, só podemos crer naquilo que podemos experimentar fisicamente. Portanto, afirmar que Deus existe não é satisfatório porque não há como provar isso, não há como realizar uma experiência documental da existência de Deus. Na prática, o agnóstico até admite a existência de Deus mas só vai acreditar quando provarem. É mais ou menos a postura que muitas pessoas têm, por exemplo, em relação a vidas extraterrestres.

Curiosamente esta linha de raciocínio se parece um pouco com o Positivismo, que prega o conhecimento através de experiências, o empirismo.

Os ateus agnósticos preferem não falar sobre Deus porque não há como realizar experiência para provar a existência de Deus, portanto “é melhor não perder tempo com isso”.

Ceticismo

Outra linha de raciocínio do ateísmo que vem crescendo nos últimos anos. Podemos dizer que, basicamente, trata-se do conceito de que nada pode ser provado por verdadeiros (em relação à existência ou não de Deus). Trata-se de uma filosofia muito parecida com o agnosticismo, talvez a diferença seja o fato de exigir mais questionamentos. Para o cético, nem sempre a questão é se há um Deus, mas questionar se realmente há um Deus. O cético tende a negar todas as possibilidades até que se prove o contrário.

Panteísmo

Esta filosofia não é bem um ateísmo, mas você já deve ter ouvido alguém falar em força do Universo, Deus está em todas as coisas, nas árvores e rochas também, todas as coisas são um pedaço de Deus. Os seguidores desta doutrina acreditam que todos nós somos deuses. Você também já deve ter ouvido algo semelhante a isso.

O panteísmo pode ser dividido em cinco categorias distintas. Todas elas até se assemelham a uma fé politeísta, ao acreditarem em pequenos fragmentos de deuses em todo o universo, em toda a natureza.

O Materialismo acredita que Deus é um ser material, eterno e impessoal. No hilozoísmo, ou pampsiquismo, aceita-se que todas as coisas possuem uma pequena parte de alma-mente, e que Deus é só uma denominação para esta alma-mente, que está em toda a matéria. É uma ideia muito parecida com o neutralismo, que acredita que existe apenas uma substância neutra que às vezes é material e às vezes é mente. Por fim, no misticismo filosófico, as pessoas acreditam que tudo no Universo, incluindo eu e você somos partes de Deus, como um grande nirvana.

O panteísmo nega os fatores de causa-efeito. É contraditório ao pregar um Universo que não se mantém. Além disso, ao pregar que todos nós somos deuses, combate a fé e até inviabiliza a prática religiosa, endeusando os homens. Nesta filosofia panteística, o errado e o certo não existem, assim como o mau, pois tudo leva a crer que se somos deuses, o que fazemos é correto.