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Use o exemplo do atleta no discipulado

Use o exemplo do atleta no discipulado

Neste texto você pode usar o exemplo do atleta em seu discipulado para que o novo cristão entenda o compromisso com a fé. Você já pensou como seria sua vida se você fosse uma estrela do futebol, do atletismo, do hóquei ou de qualquer outro esporte? Provavelmente, o primeiro pensamento que lhe vem à mente são as glórias, as vitórias, conquistas e a vida cheio de regalos. Você não precisa ser nenhum gênio da matemática para entender, no entanto, que estamos falando de poucos privilegiados. Afinal, se fosse tão fácil virar um atleta de sucesso, todos nós seríamos, ou pelo menos, a maioria de nós.

Para ser campeão mundial de qualquer esporte, o atleta precisa levar uma vida bem diferente de uma pessoa normal. Além disso, precisamos lembrar que o atleta profissional da atualidade precisa começar a treinar com doze, dez anos. Um atleta que começa a praticar um determinado esporte com dezesseis ou dezessete anos, já está começando tarde e dificilmente se tornará um atleta insuperável. Se pudesse voltar a trás com os conhecimentos que você tem hoje, você tentaria viver este sonho? A maioria diria que sim. Você faria todo este esforço para ser um cristão exemplar?

Introdução ao discipulado

Na primeira carta aos coríntios, a vida de um cristão de verdade é comparada com a de um atleta – 1 Coríntios 9:23-27. Segue o trecho selecionado. O seu discipulado pode ser baseado neste trecho.

Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado. 1 Coríntios 9:23-27

Ao ler todo o capítulo podemos ver que Paulo estava falando como ele se adaptou para pregar o evangelho de acordo com o público. Ele se fez judeu para os judeus, romano para os romanos, gentio para os gentios. O que ele estava dizendo é que era necessário muito esforço para pregar o evangelho. Pois ele sofria questionamentos, perseguições e discriminação. Estes são apenas alguns dos problemas que Paulo teve para pregar o evangelho. Por isso, ele se compara a um atleta, pois o atleta também precisa adaptar sua vida de acordo com o esporte que pratica. A rotina de treinos, alimentação e estudos de um jogador de futebol é bem diferente do boxeador, que, por sua vez, tem um dia a dia bem diferente de um jogador de basquete. No entanto, algumas coisas são pertinentes a todos eles. Vamos associar a rotina de um atleta ao do cristão.

Vida “útil” curta

A vida de um atleta começa a ficar mais intensa na adolescência, quando a maioria das outras pessoas só quer brincar. O atleta precisa atingir o auge de sua carreira aos 24 ou 25 anos, em geral, quando as outras pessoas estão apenas começando uma carreira. Aos 30, a vida do atleta já está no fim, aliás, dependendo do esporte já terminou. Nesta faixa etária, o profissional ‘comum’ está almejando alcançar o topo. O auge de um trabalhador normal ocorre na casa dos 40, normalmente, quando a maioria dos atletas já está aposentada.

Por ter um período de auge muito curto, a vida do atleta precisa ser intensa. O cristão de verdade precisa saber que nossa vida é curta, por isso, precisamos nos empenhar em nosso serviço.

Em seu discipulado, explique que para o cristão esta intensidade deve servir de exemplo. Devemos estar em constante treinamento. Lendo, estudando, santificando ou trabalhando. Infelizmente, muitos levam uma vida cristã relaxada. Não se empenham no amor ao evangelho. Essas pessoas vão à igreja às vezes e já tá bom. Não fumam, nem bebem, não roubam, não matam. Acham que isso já é o suficiente para serem verdadeiros cristãos.

Em 1 Coríntios 9:16-17 lemos que Paulo se diz “ai de mim se não pregar o evangelho”. Imagine esta frase em sua vida. Só queremos ouvir a Palavra quando não temos o que fazer e achamos que é o suficiente.

O cristão de verdade tem que entender que nossa passagem pela Terra é curta, se comparada à eternidade, por isso, precisamos nos dedicar intensamente, caso contrário, podemos não alcançar a coroa de Glória.

Restrições

O atleta precisa seguir uma alimentação rígida para alcançar os resultados almejados. Além disso, dependendo da situação, o cardápio varia. Em época de Copa do Mundo, o jogador de futebol precisa ter uma alimentação mais específica. O jogador de tênis precisa comer algo específico entre um game e outro, entre um set e outro. Ele não pode ficar com fome e comer um ‘sanduba’.

Os melhores atletas também precisam ter uma vida social mais restrita. Não apenas pela saúde, mas também por conveniência. O Pelé não pode ir ao shopping sábado à tarde, como eu e você.

A vida do cristão também demanda restrições. Esta é uma excelente oportunidade para tornar o seu discipulado mais dinâmico.

Em 1Coríntios 6:12 Paulo recomenda – Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.

O uso da internet, por exemplo, de um cristão deve ser bem diferente de um pessoa não cristã. Os programas de televisão que um cristão vê não podem ser os mesmo que outras pessoas assistem. As piadas, as roupas, as músicas, as leituras. Tudo o que uma pessoa ‘normal’ faz, o cristão precisa filtrar para ver se lhe é lícito fazer também.

Em Romanos 6:15 lemos o seguinte: Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.

Inconscientemente ou conscientemente acabamos nos tornando escravos de determinado pecado e não percebemos a gravidade disso por acharmos que o que importa é a graça. “Sou um cristão exemplar, mas fumo”. “Sou uma pessoa exemplar, mas bebo socialmente”. “Sei que estou errado, mas é um pecado que não consigo me libertar, Deus conhece o meu coração”. São exemplos de desculpas que usamos para continuar pecando.

Certamente, ao realizar este discipulado, você encontrará diversas restrições pessoais que precisa fazer, pode ser a bebida, o cigarro, a mentira, a fofoca ou a vaidade.

Foco no prêmio

Todo atleta tem um sonho. Ser eleito o melhor do mundo, conquistar o ouro olímpico, ser campeão do mundo, bater recordes. Seja qual for, o atleta quer ser o melhor. Por isso, se esforça, treina e aceita as restrições.

Muitos cristãos se tornam escravo do pecado, levam uma vida morna ou perdem a fé porque não focam na vitória, no troféu maior, a vida eterna. Levam o cristianismo como um ‘amistoso’ e não como ‘final de Copa’. Por isso, em Apocalipse há a definição de ‘morno’, para definir o cristão que não vive intensamente sua fé, não se dedica ao que ele mesmo acredita. É até incoerente. Como não se dedicar a algo que acredita? Comodismo, preguiça ou medo, talvez?

O quanto você se dedica pelo cristianismo? Como se fosse um amistoso, ou como se fosse uma final de Copa? Você está certo que alcançará o prêmio maior?

O foco deste discipulado é que você entenda que a vida de um cristão é disciplinada, mas o prêmio certamente vale a pena.

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