Vivendo conforme Tessalonicenses 4:1

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Ao analisar o texto de 1 Tessalonicenses 4:1, vemos um guia sobre o que deve ocupar nossa mente, nosso tempo, nossos esforços. Paulo traz uma advertência com muito carinho, pois ele reconhece os esforços daquela igreja em andar em amor, no entanto, como em todas as igrejas do início do cristianismo, ainda haviam muitas dúvidas em diferentes pontos, além disso, muitas pessoas se convertiam sem um coração sincero, causando os mais diferentes problemas, praticamente em todas as igrejas. Este trecho bíblico é uma excelente fonte para reflexão sobre pequenos hábitos que podem nos afastar de Deus, e de sua santidade.

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Para complementar essa reflexão, vamos ver o que Paulo escreve até o versículo doze.

Nova cultura

Vamos destacar:

Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação; Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. 1 Tessalonicenses 4:3-5

No primeiro momento, lemos que o apóstolo Paulo orienta sobre manter nossa santificação, focando a prostituição. Como era comum em quase todas as cidades gregas, a prostituição, a sensualidade, era algo comum na cultura, na rotina das pessoas. Por isso, lemos em diversas cartas que Paulo escreveu, ele mencionando casos de adultérios e de prostituição. As pessoas, conforme iam se convertendo ao cristianismo, enfrentavam esses dilemas morais. Os judeus tinham dificuldades em desvincular os rituais da antiga aliança da nova fé, enquanto que os gentios tinham problemas em abandonar hábitos que eram considerados normais para aquela determinada sociedade.

Trazendo essa realidade para nossa época, é como se o apóstolo estivesse nos ensinando que precisamos abandonar hábitos antigos, que não seguem o padrão bíblico, cristão, de viver. Hoje, fala-se, por exemplo, que não tem nada demais ver pornografia de vez em quando, ou que é normal beber socialmente. Ver seriados e ouvir algumas músicas que nos levam a pensamentos impuros pode ser normal em nossa cultura, mas não pode ser normal para o cristão. Valorizar nossa imagem nas redes sociais e exaltar nossos feitos na internet pode ser normal em nossa cultura, mas o cristão precisa ter um filtro mais rigoroso para isso. Esses são apenas alguns exemplos de como não podemos deixar que nossa mente seja levada a acreditar que o que é comum para os outros pode ser aceito por nós também.

Isso vale para tudo, em nosso relacionamento como marido e mulher. Para a cultura moderna, é normal criticar o cônjuge quando estamos conversando com os amigos do trabalho, ou com os parentes. O modo de criar filhos, o que é certo e errado, os relacionamentos sociais, os objetivos pessoais e os meios para alcançá-los, em tudo isso existe uma cultura muito diferente reinando no mundo com os princípios bíblicos. Se não tomarmos cuidado, começamos a achar normal o que todos acham, e não levamos em consideração o que as Escrituras falam daquilo.

No trabalho

Outro trecho curioso, é o que Paulo menciona os negócios.

Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo. 1 Tessalonicenses 4:6-8

Aqui, Paulo dá uma direção clara aos senhores, equivalentes aos patrões atuais: tratar seus servos com honra e dignidade. Também não é isso que vemos no cenário nacional. Aproveitando o anseio que o povo tem de conseguir trabalho, muitos chefes exploram sua equipe para conseguir seus objetivos puramente capitalistas. Ainda vivemos à sombra da escravidão e alguns costumes permanecem. Patrões que exigem que seus funcionários trabalhem finais de semana, façam hora extra ou assumam responsabilidades que não condizem com o que ganham são conhecidos aos montes em nossa cultura. Quando “pagam” pela hora extra ou dia a mais trabalho, na verdade, oferecem “banco de horas” ou um dia de folga. No entanto, a lei exige pegamento. Patrões sabem que o funcionário que não concordar com suas imposições podem ser substituídos rapidamente por outro, criando um ciclo vicioso. O que trabalha tem medo de perder o emprego e se submete aos caprichos de seus chefes para isso.

Com este trecho Paulo deixa claro que quem se aproveita de alguém, está insultando Jesus, criador de todas as coisas. Portanto, não despreze ninguém no seu trabalho, seja cordial e humilde, pague os impostos devidos e seja justo em seu preço, o que também é outro problema. Para a cultura moderna você precisa “explorar” o máximo que pode para tirar o máximo de seu cliente, mas para o cristão, o que importa é tratar todos com amor e respeito, considerando o outro sempre maior que a si mesmo

Também lemos, na sequência:

E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; Para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma. 1 Tessalonicenses 4:11,12

O apóstolo incentiva os fiéis da igreja a trabalharem sem ser um peso para os outros, mas o que nossa cultura ensina é o contrário. Aprendemos que devemos aproveitar o máximo que der, de nossos “direitos e garantias”. Pessoas que pegam seguro desemprego sem necessidade, que fazem “gato” pela tv a cabo e outros “jeitinhos brasileiros” para “comerem algo de graça”. Não permita que o incorreto se torne rotineiro em sua vida. Lute para manter-se fiel àquele que é fiel a você.

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