O que Tiago nos ensina sobre carne e espirito

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Neste estudo sobre carne e espírito vamos ver o que a carta de Tiago pode nos ensinar sobre isso. Veremos o que nossa eterna batalha entre carne e espírito tem muita influência em nossa oração e em nossos pedidos. Precisamos buscar nos alinhar com os anseios de Deus para saber como orar, o que pedir, como pedir, e Tiago nos explica isso muito bem em sua carta. Vamos fazer uma breve análise no capítulo 4, trecho que Tiago discorre muito bem, explicando a luta entre nossa carne e espírito. Neste trecho, ele demonstra que os cristãos da época já enfrentavam problemas de vaidade e egoísmo.

Vamos começar analisando o terceiro versículo de Tiago 4.

Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres. Tiago 4:3

Muitas vezes, não percebemos que pedimos algo para nosso deleite porque achamos que o que queremos será benéfico, sem efeitos colaterais. Uma promoção no emprego, um veículo ou um relacionamento. Ás vezes, até mesmo serviços na igreja, como oportunidade para pregar, participar do louvor ou fazer alguma outra coisa em nossa igreja. Não achamos que essas coisas podem nos trazer problemas e pedimos, pedimos e pedimos, mas não recebemos, sem entender o porquê. Mas Deus, que sonda nossos corações, pode nos livrar de cairmos em nossas próprias armadilhas

Vaidade

Quando pensamos em fazer parte do louvor, ou queremos pregar, não temos a percepção que este desejo pode ser algo de nosso coração, e não do coração de Deus. Ele sabe que, talvez, participando desses ministérios, nosso coração ficará mais próximo de se corromper. Muitas pessoas querem cantar no louvor porque querem ser “artistas gospel”, ou porque acham que este serviço é “nobre” na igreja. Outros querem pregar porque querem ser vistos como importantes, inteligentes ou para serem “reverenciados” pelas pessoas.

Da mesma forma, pedimos muitos bens para o Senhor com intenções secundárias, que até passa desapercebidos por nós mesmos. São desejos que estão em nosso íntimo, muitas vezes até adormecido, mas está lá. Por isso, precisamos compreender qual a vontade de Deus, para nos alinharmos com Ele, e não deixar que nosso coração nos engane. Por isso, é importante nos preocuparmos em alimentar nosso espírito, para que possamos encarar pessoalmente, e internamente, nossa luta diária entre carne e espírito.

Batalha

Ao ler iniciar a leitura de Tiago 4, podemos ver que o autor está sendo bem direto aos leitores. Fala de vaidade, de soberba, de conflitos. Em resumo, ele diz que os conflitos surgem porque não conseguimos o que queremos. Olhando para os conflitos ao nosso redor, podemos perceber que é isso mesmo. Brigamos porque não conseguimos um aumento de salário, um benefício na loja, ver o jogo, ir ao shopping. Não cedemos. Do outro lado, não há cessão. O resultado de duas pessoas querendo sua vontade é a discussão, as contendas, os conflitos e, por fim, as guerras.

Nossa carne sempre quer algo que não temos. Não importa quão rico alguém seja, ela nunca está satisfeita. Não importa o quanto já comemos de uma determinada comida gostosa, queremos mais (não necessariamente naquele momento, mas em outro dia), não importa quantas mulheres um adúltero tenha, ele vai querer mais.

Ataque e defesa

Quando começamos a olhar para o que o mundo nos oferece, somos seduzidos por ele. As riquezas, as honras, o poder, o luxo. Quanto mais buscamos e pensamos nessas coisas, mais a desejamos. É como ficar vendo comerciais de comida. Chega uma hora que desejamos algo que estamos vendo. Como combater isso?

Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”. Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. Tiago 4:6,7

Em Hebreus encontramos outra dica

Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. Hebreus 4:16

Nosso orgulho nos afasta da graça de Deus, mas nossa humildade nos aproxima de sua misericórdia. Devemos reconhecer nossos erros, nossa fraqueza e nossa impossibilidade de vencer o pecado por nós mesmos, por nossas forças. Quando nos preocupamos menos com o que nós queremos, e mais com o que precisamos de Deus, Ele atende nosso coração, pois nossa vontade deixa de ser egoísta. Quando nos preocupamos em amar o próximo e ao Eterno acima de tudo, não tem como nosso coração se manter egoísta.

Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração. Salmos 37:4

Matar nossa carne, significa abrir mão de nossas vontades egoístas. Quando entendemos que nossa vida deve ser uma constante busca pelo amor de Deus e por sua Palavra e conhecimento, passamos a pedir o que agrada o coração do Altíssimo. Por isso, Tiago nos ensinou que muitas vezes pedimos e não recebemos porque pedimos para nossos próprios deleites. Pouco importa se queremos cantar no louvor, pregar ou trabalhar na secretaria. O que devemos buscar é a vontade de Deus. Devemos saber entregar nossas vontades a Ele, e estar de coração aberto para receber o que Ele nos oferece.

O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre. Salmos 73:26

Enquanto não convertermos nossas vontades e não soubermos abrir mão de nossos desejos por amor ao Reino, continuaremos pedindo coisas sem receber porque não estamos pedindo algo para os outros, mas para nosso deleite.

A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? Salmos 42:2

Só podemos vencer a batalha diária entre carne e espírito quando soubermos abrir mão de nossas vaidades, e tirar nosso coração de pensamentos para nós, para o que queremos, como queremos. Esperamos que esta palavra sobre a luta entre carne e espírito ajude você a se aproximar de Deus. Se você tem algo a acrescentar ou compartilhar uma experiência, deixe seu comentário abaixo.

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