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O que significa o Salmo 37

O que significa o Salmo 37

Ao lermos o Salmo 37, podemos nos identificar facilmente com seu autor, pois quem não está insatisfeito com a sociedade moderna? Os ímpios prosperam e os pobres são humilhados. Parece não haver justiça divina. Todo que nos resta é murmurar e criticar sobre este mundo. Neste texto vamos ver como lidar com nossas emoções e como podemos colocar nossas esperanças no Senhor, enquanto aguardamos pelo dia que viveremos em uma terra perfeita, sem injustiças e sem corrupção. O Salmo 37 é um ótimo texto para refletirmos sobre a bondade de Deus e sobre sua justiça. 

Logo no início do texto, o autor já nos dá um alerta – não te indignes! Ele usa essa expressão também nos versículos 7 e 8. O autor quer reforçar a necessidade de controlar nossas emoções e sentimentos, para que não fiquemos indignados com algo que foi determinado por Deus. A indignação é um passo muito grande para cometermos inúmeros erros. Quando ficamos indignados começamos a querer fazer justiça própria, agir achando que temos o direito de fazer justiça conforme nossos pensamentos. Por isso, Davi nos alerta para não ficarmos indignados com os malfeitores e os que praticam injustiça. 

Indignação 

Olhando para políticos, administradores, às vezes até colegas de trabalho e familiares. Podemos ficar indignados com o que fazem para prosperarem financeiramente. Podem mentir, roubar, bajular ou menosprezar os outro. Podem ser avarentos ou orgulhosos. Tudo isso nos traz indignação, mas o Salmo 37 começa, justamente, falando disso. 

Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Porque cedo serão ceifados como a erva, e murcharão como a verdura. Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Salmos 37:1-3 

Nestes três versículos, temos uma explicação muito clara. Não devemos ficar irados com o que se passa neste mundo. Os que praticam injustiça serão ceifados. Se não confiarmos na justiça de Deus no Reino Eterno, nos tornaremos pessoas amargas, frustradas e nossa fé, certamente, se esfriará. Isso porque o mundo é injusto. Desde Adão, o homem foi entregue a um mundo decaído, por causa do pecado. Jesus nos alertou que, no mundo, teríamos aflições. Nossa fé em Deus não serve para fugir dos problemas, mas para enfrentarmos os problemas sobre uma nova perspectiva. 

Devemos guardar nosso coração da ira, da insatisfação. O mundo jaz no maligno e nossa indignação não vai mudar isso. Não precisa nem ser cristão para pensar nisso. Nossa ira e rancor não vai melhorar o mundo, mas, pelo contrário, só vai nos fazer mal. Devemos confiar em Deus para guiar nossos sentimentos e nossas emoções, para que não fiquemos a mercê do que sentimos. 

Inveja 

Depois de nos orientar a não ficarmos irados, o salmista nos orienta a não ter inveja. Pois não é raro sentirmos inveja dos que prosperam com recursos ilícitos. Quando estamos irados e frustrados com o progresso dos que são injustos, podemos criar um sentimento negativo de querer seguir este caminho. Depois de tanto nos esforçarmos e não conseguir prosperar tanto quanto os corruptos, chega uma hora que pensamos que o melhor a fazer é seguir a corrupção também. 

Raiva 

A raiva seria um estágio um pouco mais avançado de indignação. Começamos a desejar o mal daquelas pessoas que prosperam de forma injusta. 

Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal. Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra. Salmos 37:8,9 

A raiva pode nos levar a fazer o que não é agradável, como roubar e mentir. 

Em um ambiente de trabalho, por exemplo, onde o chefe é mal-humorado, corrupto e intransigente, a tendência é que os funcionários comecem a agir assim também. A raiva do patrão leva os funcionários a roubarem material de escritório, não ter zelo pelo local de trabalho e podem até começar a roubar o patrão, ou a empresa de alguma forma. Tudo começa com a indignação e depois a raiva. A raiva faz o ser humano pensar em agir por si próprio apenas. Nem que, para isso, precise agir de forma incorreta. 

Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal. Salmos 37:8 

De certa forma, a ira começa a ser desculpa para praticarmos o mal. 

A raiva da esposa, por exemplo, pode levar os homens a agirem de forma indiferente ao sentimentos da mulher e até culminar com adultério. A insatisfação com a esposa, por qualquer que seja o motivo, faz o marido desconsiderar seus elos de fidelidade, começando a agir por si e para sim. Pensando apenas em satisfazer seus desejos e anseios. 

Preocupação 

Outro sentimento que devemos evitar, analisando a prosperidade dos injustos mencionada no Salmo 37, é a preocupação, no sentido de colocar nossa esperança de uma recompensa imediata. Se não focarmos nossa fé na vida eterna, estaremos sempre cobrando de Deus ações e respostas imediatas, e viveremos ansiosos, e preocupados quando não formos recompensados pelas nossas ações, ou quando não vermos os injustos serem castigados. 

Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos ímpios. Salmos 37:16 

Neste trecho, o salmista nos lembra que devemos manter nosso coração calmo e descansar no Senhor, esperando nele nosso repouso eterno. Ao ler o Salmo 37, repare que inúmeras vezes o escritor nos fala da herança, de herdar a terra. Isso nos ajuda a manter nosso coração voltado à nossa herança maior, e não no mundo material que vivemos.  

Assim como Jesus, devemos manter nosso coração humilde, ou seja, suportando dores, evitando ficar indignado, não tendo inveja, e fugindo da raiva. Da próxima vez que ficar indignado ao pensar sobre a prosperidade dos ímpios, lembre-se disso, de manter seu coração humilde e calmo para aceitar a natureza deste mundo como algo no controle de Deus, ainda que parecemos que não. 

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