Estudo para jovens e adolescentes sobre o Salmo 37

Este estudo sobre o Salmo 37 é bem interessante para quem deseja desenvolver um estudo para jovens, célula ou para uma devocional pessoal. Neste trecho da bíblia aprendemos sobre uma das questões mais antigas e primárias que o ser humano enfrenta, a prosperidade dos injustos e a dificuldades dos justos em viveram de forma tranquila. Um dos maiores desafios do cristianismo é compreender porque existem pessoas más e corruptas que prosperam (aparentemente) enquanto pessoas simples e piedosas enfrentam tantas dificuldades. Sem uma resposta para isso, muitos desviam da fé e passam a desacreditar de tudo, por isso, refletir sobre o assunto é importante para o cristão. 

Se você é líder de uma célula, ou um grupo de jovens e adolescentes, leia o Salmo 37 e vá anotando tudo o que você acha interessante em um papel. Mas prepare-se, pois, com certeza, você vai anotar muitas coisas. Talvez, você consiga até dividir o seu estudo em duas aulas. Se, por um lado, o Salmo 37 fala um pouco sobre os injustos, por outro lado, nos ensina a confiar em Deus e nos dá motivos para permanecer com nossa fé inabalável, ainda que achemos o mundo injusto e que não há justiça divina. Veremos que, não importa a situação que enfrentemos, Deus é bom. 

Vamos começar lendo os dois primeiros versículos do Salmo 37 

Não se aborreça por causa dos homens maus e não tenha inveja dos perversos; pois como o capim logo secarão, como a relva verde logo murcharão. Salmos 37:1,2 

Aqui temos uma orientação bem clara em não ficar comparando nossa vida com a dos outros. A essência da inveja é justamente a comparação. Só temos inveja porque comparamos nossa vida com as dos outros, e achamos que a vida do outro é melhor que a nossa. Quando vemos políticos corruptos prosperando, bandidos saindo ilesos de seus crimes, pessoas que vivem a seu bel prazer conquistando coisas, a tendência é comparar com nossa vida e com de outras pessoas e pensarmos “isso não é justo”. 

Mas o Salmo 37 inteiro nos diz o que acontece com os ímpios, eles cairão. Os versículos 1 e 2 mostram que os injustos secarão e murcharão. Em muitos casos isso ocorre em vida, mas não é raro vermos pessoas que passaram a vida inteira fazendo o mal morrerem sem “pagar pelos seus erros”. Ficamos com raiva disso. 

Devemos lembrar que nossa esperança não deve ser colocada em recompensas nessa vida.  

Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão. 1 Coríntios 15:19 

No versículo acima, Paulo nos ensina que não devemos colocar nossa sede de vitória nesta vida, mas na vida após a morte. Quando entendemos isso, compreendemos o que o Salmo diz quando expressa que os injustos perecerão. Se não nesta vida, na eternidade serão cobrados de suas injustiças. 

Seu tesouro 

Se colocarmos nossas forças nas riquezas e recompensas desta vida nunca estaremos satisfeitos.  

Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. Mateus 6:21 

Nos versículos 9 e 11, do Salmo 37, lemos um trecho muito parecido com as bem aventuranças de Jesus (Mateus 5:5), onde o mestre nos ensina que os humildes herdarão a terra. Sabemos que não se trata desta terra, mas da vida eterna. Jesus reforça o ensino de Salmo 37, e nos ensina a manter nossa fé com humildade, sabendo esperar em Deus para que possamos herdar a terra da vida eterna. 

Melhor é o pouco do justo do que a riqueza de muitos ímpios; pois o braço forte dos ímpios será quebrado, mas o Senhor sustém os justos. Salmos 37:16,17 

Mais uma vez o salmista destaca a importância de mantermos nosso foco na fé e vida eterna, ainda que tenhamos “pouco” aos nossos olhos, pois na verdade estamos semeando para um futuro eterno, duradouro. 

O salmista chega a mencionar uma diferença muito clara entre os ímpios e os que amam os mandamentos do Senhor. 

Os ímpios tomam emprestado e não devolvem, mas os justos dão com generosidade. Salmos 37:21 

O cristão deve exercer a generosidade como princípio de sua vida, e não como moeda de troca para receber de Deus uma recompensa, por sermos bons. 

Além disso, devemos lembrar que Isaías 64:6 compara nossa justiça com trapo imundo, ou seja, nosso senso de justiça é sempre falho, quando analisamos a nós mesmo. Por isso, em 1 Coríntios 11:31 lemos que se examinássemos a nós mesmos, não seríamos condenado, nunca. 

Refúgio 

O Senhor é bom o tempo todo. No final do Salmo 37, o autor reforça a qualidade de Deus com duas frases que nos revelam o caráter e bondade do altíssimo. 

Do Senhor vem a salvação dos justos; ele é a sua fortaleza na hora da adversidade. O Senhor os ajuda e os livra; ele os livra dos ímpios e os salva, porque nele se refugiam. Salmos 37:39,40 

Devemos nos refugiar em Deus, confiar e esperar nele. Não devemos focar a prosperidade dos outros, sejam justos ou injustos, pois isso não edifica nossa vida, e só traz confusão. Ao ler o Salmo 37 você vai encontrar diversas referências para os fiéis a Deus. 

Espere no Senhor e siga a sua vontade. Ele o exaltará, dando-lhe a terra por herança; quando os ímpios forem eliminados, você o verá. Salmos 37:34  

Veja no versículo acima que o Senhor nos dá a esperança de contemplarmos sua justiça quando finalmente os ímpios forem tirados de sua presença. 

Além do famoso versículo que nos ensina que justo não mendigará o pão, lemos que os que amam a Deus, sempre habitarão na presença do Criador. 

Desvie-se do mal e faça o bem; e você terá sempre onde morar. Salmos 37:27 

Vamos concluir este estudo para jovens sobre o Salmo 37 reforçando os principais pontos deste capítulo. 

• Não ter inveja da prosperidade dos ímpios 
• Manter nosso foco na eternidade 
• Continuar sendo generoso, sem esperar recompensas nesta vida 
• Confiar na bondade e misericórdia de Deus  

Esperamos que esta análise ajude você a desenvolver um estudo para os jovens de sua igreja. Leia o Salmo 37 e compartilhe nos comentários outras observações que você fez ao ler o capítulo, para que outros leitores sejam edificados também. 

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