fbpx

O que significam as festas bíblicas 

O que significam as festas bíblicas 

Um dos principais elementos do relacionamento entre o homem e o Eterno é a celebração das festas bíblicas. Neste texto vamos aprender um pouco sobre as principais festas bíblicas e veremos que o Novo Testamento nos traz algumas referências que mostram Jesus participando delas, mantendo sua tradição judaica, e não revogando, uma vez que tais celebrações não foram instituídas por homens, mas pelo próprio Senhor. Lendo Levíticos 23, texto conhecido pelos judeus como Vayikráaprendemos que as festas foram determinadas pelo próprio Elohim, e não pelos homens, por isso, há uma ordem de que sejam cumpridas. Se Jesus não tivesse guardado todas as festas judaicas, poderia ser considerado um pecador, uma vez que não cumpriu a Lei. Portanto, se o Messias não pecou, logo, celebrou todas as festas judaicas.  

O Novo Testamento nos adverte que todo pecado é a transgressão da Lei. 

Mas aqueles que continuam a pecar transgridem a lei de Deus, porque todo pecado é a transgressão da Lei. 1 João 3:4 

É importante ressaltar, antes de tudo, que devemos ter em mente que as festas bíblicas, também conhecidas como festas judaicas, podem ser observadas conforme a doutrina de cada igreja cristã. Uma vez que Yeshua (Jesus) participou de todas elas, sem detrimento algum, podemos considerar que tais festas podem ser celebradas normalmente pelos cristãos. No entanto, ao contrário do que aconteceu no início do cristianismo, quando a maior parte dos cristãos eram de judeus, atualmente, a maior parte dos cristãos são de gentios, por isso, tais festas caíram em desuso. Não por que o cristão deve se opor, mas por falta de costume e por não fazer parte de seu cotidiano. Assim, acreditamos que a celebração das festas bíblicas podem ser continuadas pelo cristão, como um privilégio. 

Jesus participava das festas? 

Em Mateus 5:17, lemos que Jesus não veio para revogar a Torah, mas para torná-la plena. Lendo as escrituras com cuidado, veremos a participação do Messias em diversas celebrações judaicas. Vamos listas algumas passagens que mostram Jesus participantes das festas bíblicas: 

  • Páscoa – Lucas 2:41 e 42. João 2:13 
  • Sukot (tabernáculos) – João 7:1 a 10 e 14. 
  • Chanuká. João 10:22 e 23 

A participação do Messias nas festas bíblicas é clara. Portanto, seus seguidores também podem, e devem, celebrar tais festas.  

Pessach – Páscoa 

A Pessach, chamada de Páscoa, foi determinada em Levíticos 23:5. A Pessach é considerada uma das três festas da peregrinação, assim como Sucot (tabernáculos) e Shavuot (pentecostes). Essas festas são conhecidas como festas de peregrinação porque nestas celebrações, os judeus iam ao templo de Jerusalém. 

Nesta festa celebra-se o fim da escravidão no Egito. Os evangelhos relatam Jesus participando da Pessach, tanto como criança (Lucas 2:41) como quando adulto (João 2:13).  

A Nova Aliança foi declarada durante uma Pessach (Mateus 26:26 a 28). Assim como um cordeiro foi imolado para livrar os hebreus da morte (êxodo 12), Yeshua (Jesus) foi sacrificado como cordeiro para remissão dos pecados (1 Coríntios 5:7-8).  

Matsot – pães ázimos 

Ao contrário do que muito cristão pensa, a festa dos pães sem fermento e a Páscoa não são a mesma coisa. A Pessach é celebrada no 14o dia do primeiro mês judaico, a Matzá, ou Matsot, é celebrada no 15o dia, por sete dias. Levíticos 23:6 a 8. O fermento tem um significado de maldade e pecado. Neste período, devemos buscar ao Senhor com intensidade, nos mantendo livre do pecado, como Paulo também ensinou. 

Livrem-se do fermento velho, para que vocês sejam massa nova e sem fermento, como vocês de fato são. Pois Cristo, o Cordeiro de Deus, foi sacrificado por nós. Portanto, celebremos a festa com esse Cordeiro, não com fermento velho, nem com o fermento da maldade e da imoralidade. Em seu lugar, festejemos com os pães sem fermento, com o pão puro da honra, da sinceridade e da verdade. 1 Coríntios 5:7 e 8. 

Jesus nos advertiu sobre o perigo do fermento dos fariseus, ou seja, um pouco de conduta errada propositalmente invalidada o nosso comportamento “puritano”. A hipocrisia, comparada ao fermento, deve ser tirada de nossas vidas por completo. 

Shavuot – Pentecostes 

Shavout tem um significado muito importante, pois celebra o momento em que os judeus receberam a Torá do Monte Sinai. É conhecido como a festa das primeiras colheitas. Para o cristão, a festa de Shavuot também é de extrema importância pois foi quando o Eterno enviou o Espírito Santo – Ruach Hakodesh. É um momento de reconhecer o sacrifício do Messias. 

Yom Teruá – Rosh Hashaná – Festa das trombetas – Ano Novo 

O ano novo judaico é mais conhecido como Hosh Rashaná. A trombeta é uma alusão à convocação do exército e povo judeu para celebração e festa em memória dos livramentos. Para muitos, em tal festa também deve nos fazer lembrar o retorno do Messias. Tal interpretação é feita ao cruzar as informações de Sofonias 1:14 a 16 e 1 Tessalonicenses 4:14 a 18. 

Portanto, na Festa das Trombetas, o Rosh hashaná, pode ser vista como uma das festas bíblicas que nos fazem ter esperança no grande dia do retorno. 

Yom Kipur – Dia do perdão 

Trata-se do dia do perdão mencionado em Levíticos 23:26 a 32. Também conhecido como o dia da expiação. É um dia de jejum em busca do Eterno. A maior parte dos judeus jejum por 25 horas, sem ingerir alimentos ou bebidas. Podemos celebrar este dia em memória do sofrimento de Yeshua (Jesus) que morreu e sofreu por nós, pelos nossos pecados, assim como refletir sobre sua volta e o perdão universal – conhecido no judaísmo como tikum haolam. 

Sukot – tabernáculos 

Podemos ler sobre o Sukot, a festa das tendas ou cabanas, em Levíticos 23:33 a 36 e 39 a 43). Trata-se de uma festa de sete dias para lembrar dos 40 anos que os judeus passaram no deserto, providos pelo “maná”. Neste dia deve-se celebrar a confiança no Eterno. Curiosamente, o termo “tabernaculou” é usado em João 1:14, quando o autor nos revela que a Palavra (Torá) tabernaculou, ou seja, habitou entre nós. Por isso, a Sukot também tem relação com a primeira vinda do Messias, que habitou, ou seja tabernaculou entre nós. 

Zacarias nos traz uma revelação grandiosa, traçando um paralelo entre a Sukot e a vinda do Messias (Zacarias 14:9 e Zacarias 14:16 a 19). Repare, lendo esses versículos, que as festas bíblicas são de extrema importância para o Eterno. 

O Senhor será Rei em toda a terra. Naquele dia haverá apenas um Senhor e o seu nome será o único nome. Zacarias 14:9 

Segue outro trecho: 

No final, os que, entre as nações que atacaram Jerusalém, sobreviverem à praga subirão a Jerusalém de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, para celebrar a festa dos tabernáculos. E se uma nação do mundo não for a Jerusalém para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não haverá chuva na sua terra. Se o povo do Egito não quiser vir, não terá chuva. Assim, o Egito e qualquer outra nação serão castigados se recusarem a vir a Jerusalém para a festa de gratidão. Zacarias 14:16 a 19 

Purim e Chanuká 

Além das festas bíblicas mencionadas acima, vale destacar mais duas festas judaicas. Essas duas festas não foram mencionadas em Levíticos, mas foram instituídas mais tarde pela tradição judaica. O Purim é a festa mencionada no livro de Ester 9:26 a 28. Purim significa sorteio, uma vez que Hamã fez um sorteio para escolher o dia que destruiria os judeus. No entanto, o perverso Hamã acabou sendo enforcado na forca que ele mesmo construiu. 

Chanuká é baseada no livro dos Macabeus 10:1 a 8, livro que não faz parte da bíblia evangélica. Trata-se do livramento dado aos judeus em período de perseguição que quase foram exterminados. São oito dias de festa, normalmente o Chanuká é celebrado na mesma época do Natal. 

Festas pagãs 

Como passar do tempo, infelizmente, os cristãos começaram a misturar as festas bíblicas com festas pagãs, por isso, Paulo repreendeu os cristãos que começaram a fazer esta mistura entre o santo e o profano. 

Antes de conhecerem a Deus, vocês eram escravos daqueles que por natureza não eram deuses. E agora que conheceram a Deus, ou melhor, agora que Deus conheceu vocês, como é possível que vocês queiram voltar atrás e tornar-se mais uma vez escravos desses rudimentos deficientes, fracos e inúteis? Vocês estão observando dias especiais, ou meses, ou épocas, ou anos. Eu temo por vocês. Tenho receio de que todo o meu árduo trabalho em seu beneficio tenha sido inútil. Gálatas 4:8 a 11 

Assim, devemos tomar muito cuidado com o que celebramos. Um exemplo bem próximo de nós é a festa do carnaval. Muitos cristãos deixam seus filhos participarem desta festa na escola alegando que se trata apenas de uma festa à fantasia, sem grandes consequências. De fato, o carnaval para uma criança de três, quatro, dez ou onze anos, pode não passar de uma brincadeira. Mas como poderemos dizer, de repente, de um ano para o outro que aquela festa que ela sempre participou não é cristã e que ele não deve participar? Não faz sentido, de repente, o que era bom e normal, ser proibido. Como você vai convencer sua filha, aos 15 ou 18 anos, que ela não pode participar do carnaval, se a vida toda ela celebrou tal festa? 

Por isso, é muito importante o cristão ser determinado a não se contaminar com o que é comum ao mundo. Paulo nos advertiu que podemos, ou não, celebrar festas e observar datas (Romanos 14:5). Se você pretende levar este estudo sobre festas bíblicas, recomendamos que leia Romanos 14, onde Paulo aborda essa questão de não julgarmos os outros por seus costumes. Em Gálatas 2 também lemos Paulo orientando que não se deve exigir dos gentios os costumes dos judeus. Por isso, a igreja evangélica não é obrigada, pela lei de Moisés, a celebrar tais festas, embora possa fazer isso sem condenação. 

Esperamos que este levantamento das festas bíblicas seja importantes para que você compreenda como o cristão deve se comportar diante das ofertas para participar de tantas festa que em nada celebram a fé. E como as festas bíblicas podem ser integradas em nosso rotina, como parte de nossa fá. 

Em nosso site, temos muitos outros textos interessantes, como este sobre as festas bíblicas, que você pode gostar. Seguem algumas sugestões. 

 
Compartilhe

Um comentário em “O que significam as festas bíblicas 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *