fbpx

Romanos 13 – O relacionamento do cristão com o governo 

Romanos 13 – O relacionamento do cristão com o governo 

Falar de política é um pouco chato e estressante, né? Porém, é um assunto que faz parte de nossa vida. Em Romanos 13 lemos uma importante orientação sobre o posicionamento do cristão em relação à política, ou ao governo de uma nação. Naquela época não tinha eleição, estudos políticos de esquerda ou direita ou outros termos tão populares hoje em dia. Por isso, eu acredito que podemos fazer um estudo de Romanos 13 focando este tema para que possamos saber nos posicionar e nos comportar diante dos acontecimentos políticos. 

Se você quer fazer um estudo bíblico específico sobre este capítulo, do ponto de vista teológico, recomendo que leia o estudo de Romanos 13 deste site. Pois é um estudo mais focado nas palavras de Paulo e no contexto de toda a carta aos Romanos.  Neste estudo de Romanos 13, quero focar mais o relacionamento do cristão e o governo. 

Você já deve ter se perguntado se é saudável um cristão virar político, ou como um cristão deve votar, certo? Então, esta análise de Romanos 13 vai te ajudar a tomar decisões baseadas na Bíblia e não apenas no que as pessoas falam e definem como certo e errado. 

Nossas alianças como seres humanos 

Basicamente, a Bíblia nos orienta sobre quatro tipos de relacionamento que demanda fidelidade: nosso relacionamento com Deus, na família (casamento), na igreja e no Estado, em outras palavras, em nosso relacionamento com nossa nação. 

Em todos estes relacionamentos, precisamos manter nossa aliança com Deus para que haja liberdade e justiça.  Sem submissão diária a Deus, um casamento e, por consequência, a família está em perigo. Sem submissão a Deus, a igreja está em perigo. Da mesma forma, sem submissão a Deus, nosso relacionamento com os governantes, ou com a política, como queira, está em perigo. 

Portanto, quando tiramos Deus da equação, tudo começa a desmoronar. Sem os valores de Deus em nosso casamento, igreja ou política, todas as ideologias são falhas. 

Por isso, Paulo deixa claro, em Romanos 13, a importância da autoridade de Deus. 

Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Romanos 13:1,2 

Então, devemos entender que toda autoridade provém de Deus.  

Ideologias e doutrinas partidárias 

Por isso, não podemos idolatrar políticos, partidos e nem mesmo ideologias políticas, pois nenhuma delas é perfeita em si. Apenas as ordenanças de Deus são perfeitas. Os esforços humanos para governar e criar um mundo melhor sempre serão falhos. 

Se você considera um partido ou uma ideologia política perfeita, você está colocando essa ideologia no mesmo patamar de Deus. Embora você possa se identificar com diretrizes de “Esquerda e Direita” e tenha todo o direito de participar da vida política em qualquer partido, você não pode ter a pretensão de que está lutando por uma causa perfeita. 

Colocando um político, partido ou linha política como perfeito, você está atribuindo a eles a perfeição que é somente de Deus.  

A autoridade de Deus 

Então, devemos ter em mente que a autoridade de Deus é perfeita e somente Ele governa perfeitamente. Quando colocamos nossa esperança em políticos, estamos atribuindo a eles uma perfeição que não lhe cabe e deixamos de crer na autoridade de Deus. 

O governo perfeito seria aquele ordenado sob as leis de Deus. Então, você pode me perguntar: você está sugerindo uma Teocracia? Releia Romanos 13:1 e você vai ver que, desde Gênesis, já vivemos em uma Teocracia, pois tudo acontece sob a autoridade do Senhor. 

Por isso, um governo mais justo e livre deve ser aquele que se apoia o máximo possível na perspectiva bíblica. 

Embora, hoje, sejamos manipulados a crer que política, educação e economia, por exemplo, não devam se misturar com religião, a verdade é que devemos considerar tudo sob um olhar atento para que possamos identificar quais linhas políticas podem estar mais submissas à autoridade de Deus, como diz Romanos 13, e quais se colocam como “donas da verdade”. 

Em outras áreas de nossas vidas, devemos fazer sempre a comparação com a Bíblia. Assim como devemos analisar quais linhas da Educação, Psicologia ou Sistema Judiciário estão alinhadas com os princípios bíblicos e quais não estão.  

Porém, isso é difícil de fazer, pois quando falamos dos princípios de Deus, as pessoas não querem ouvir. 

Como um cristão pode votar? 

Assim como Romanos 13, o Salmo 72 também nos traz uma relação entre os governantes e a autoridade de Deus. 

Ó Deus, dá ao rei os teus juízos, e a tua justiça ao filho do rei. Salmos 72:1 

Aqui, Davi está pedindo que Deus lhe ensine os seus juízos. Então, o cristão deve optar por votar em quem tem esta preocupação.  

Porém, como a maioria dos cristãos, hoje, infelizmente, possui um conhecimento raso da Bíblia e se preocupa mais em “receber a vitória” e “ser honrado” do que “carregar a cruz”, estamos contribuindo magnificamente para o caos social.  

Ao votar, escolhemos um candidato que seja simpático ou, o que é comum em eleições municipais, quem dá esperança de conseguir um cargo na administração e não nos preocupamos em escolher o posicionamento político de nosso candidato em questões como: 

  • Aborto 
  • Ideologia de gênero 
  • Execução da Justiça 
  • Diretrizes na Educação 

Ao escolher seu político pesquise como ele se posiciona em questões fundamentais e compare seu posicionamento com os ensinos bíblicos. Quanto mais um político ignora os princípios bíblicos mais ele leva o povo ao fracasso. 

E quando um político “ruim” ganha as eleições? 

Mas e quando um político que se posiciona claramente contra os princípios bíblicos ganha uma eleição. O que devemos fazer? 

Devemos lembrar, antes de tudo, que não há políticos, partidos ou ideologias perfeitas. Porém, se, dentre as opções, você acha que o vencedor das eleições é algum político que não se importa com a autoridade de Deus, seu papel é ser submisso, como lemos em Romanos 13, e orar por eles, como diz 1 Timóteo. 

Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, 1 Timóteo 2:1-3 

O governo civil foi estabelecido por Deus. Embora hoje possamos contar com a facilidade das eleições. No passado não foi assim e os governos eram mais tiranos e autoritários. Porém, ainda assim, Romanos 13 nos ensina a sermos submissos. 

Portanto, seu coração não deve depositar a esperança de uma sociedade perfeita em políticas e ideologias sociais. O coração do homem é falho e nosso senso de justiça é como um trapo imundo (Isaías 64:6), portanto, “seus políticos” não podem ser tratados como perfeitos e justos em todo o tempo. Nenhum deles pode “te representar” completamente, assim como nenhum deles representa Deus. 

Quando você defende um político, ou linha política, como a solução social, você cai no erro que Deus condenou através de Jeremias. 

Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Jeremias 17:5 

O que lemos em Romanos 13 é que Deus é soberano nas questões políticas e quando nos revoltamos contra nossas autoridades, estamos nos rebelando contra o próprio Criador, que estabelece toda autoridade. 

Quer tomar decisões corretamente, como ensina Romanos 13? 

Se você acha importante o cristão tomar decisões corretamente, recomendo que leia o livro “O cristão e a política”, de Nikolas Ferreira, que traz um olhar de um defensor da família e dos princípios bíblicos no assunto. 

Outra obra indispensável é “Por que se enfurecem as nações”, que fala sobre a importância de moldarmos nossas decisões políticas conforme os ensinamentos de Jesus. 

O livro “Feminismo, perversão e subversão” também é uma ótima leitura para quem deseja perceber as pequenas influências malignas com bons rótulos, cativando a sociedade. 

Se você gostou deste estudo de Romanos 13, recomendo que leia também: 

 
Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *