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Estudo bíblico de 1 Coríntios 15 

Estudo bíblico de 1 Coríntios 15 

Neste estudo bíblico de 1 Coríntios 15 vamos aprender um pouco sobre tema centrais da fé cristã. Este trecho nos traz inúmeras referências ao Antigo Testamento, passagens dos Evangelhos e às demais cartas do Novo Testamento. É uma rica fonte de conhecimento da fé cristã. 

Neste trecho Paulo fala um pouco de ressurreição, últimos dias e até do fim de todas as coisas. Portanto, se você está acompanhando nosso estudo bíblico de 1 Coríntios capítulo por capítulo, fique atento aos temas: 

  • Ressurreição de Jesus 
  • Ressurreição dos cristãos 
  • O corpo glorificado 
  • Perseverança na fé 

Recomendo que, para fazer a leitura desse estudo bíblico de 1 Coríntios 15, você tenha uma Bíblia em mãos, ou leia o capítulo inteiro antes de começar nossa análise. 

Uma dica que posso te dar é imprimir este estudo em PEDF CLICANDO AQUI, para que você leia com mais tranquilidade. 

Estudo bíblico 1 Coríntios 15 – Parte 1 

Vamos começar a analisar, portanto, os primeiros versículos de 1 Coríntios 15. 

Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão. Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras. 1 Coríntios 15:2,3 

Nessa primeira parte do estudo bíblico de 1 Coríntios 15, podemos perceber que ao falar de crer em vão, Paulo faz uma referência à ressurreição de Jesus. Se Jesus não tivesse ressuscitado, toda a fé da iminente fé cristã. No versículo três, Paulo fala que Cristo morreu pelos nossos pecados, como foi profetizado por Isaías. Paulo faz referências ao trecho de Isaías 53:5 a 12. A profecia de sua ressurreição tem referências em Salmos 16:8 a 10, Salmos 68:18 e Salmos 110:1. O termo “primeiramente”, ou “antes de tudo”, dependendo da sua versão, Paulo está alertando o leitor para uma reflexão importante. 

Após sua ressurreição Jesus foi visto por Pedro e outros discípulos, como podemos ler em Lucas 24:34 e Mateus 28:16 e 17. Uma curiosidade bíblica é que Paulo usa o termo Cefas para se referir a Pedro.  

Parte 2 

foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo. 1 Coríntios 15:4-8 

Na segunda parte deste estudo bíblico de 1 Coríntios 15, vamos abordar as provas da ressurreição de Jesus e suas consequências. 

Ao destacar que foi sepultado, o apóstolo está deixando claro que ele morreu de fato, mas que está vivo. O termo grego usado aqui é um tempo perfeito, indicando que Jesus está vivo. A menção das quinhentas testemunhas e de outras pessoas, mais conhecidas, reforça a autenticidade dos relatos da ressurreição de Jesus. Após 25 anos do ocorrido, testemunhas vivas davam suporte a todo o relato do fato. Repare que até o versículo oito Paulo menciona uma multidão de testemunhas da ressurreição de Jesus. ao mencionar “os doze”, Paulo faz referência aos doze iniciais, incluindo Judas Iscariotes o traidor, que mais tarde viraram onze. Com o suicídio de Judas, o traidor, Matias foi adicionado, completando os doze discípulos. Este trecho da história bíblica pode ser lida em Atos 1:15 a 26.  

Ao dizer que “a maioria sobrevive” precisamos entender que a primeira carta aos coríntios de Paulo foi escrita por volta de 55 DC, por isso, muitos dos que viram Jesus ressurreto já haviam morrido.   

Uma curiosidade bíblica no versículo sete é que o Tiago mencionado por Paulo é, segundo a maioria dos estudiosos, possivelmente o irmão de Jesus e autor da epístola de Tiago. Este é o único trecho que o menciona como testemunha.  

Ao se dizer “nascido fora do tempo”, no versículo oito, Paulo está explicando que ele mesmo só teve a oportunidade de conhecer Jesus após a ressurreição de Cristo. Outros entendem como uma referência à sua própria conversão frente aos judeus, olhando para o futuro de Israel. Outra interpretação é que ele se compara aos demais discípulos e se vê como uma criança nascida fora do tempo.  

Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição dos mortos? 1 Coríntios 15:12 

Não existem referências entre os gregos gentios que mencione ressurreição. Eles acreditavam na imortalidade da alma, não tinham literatura sobre a possibilidade de ressurreição. Na religião grega o corpo era a fonte da fraqueza e do pecado e a morte possibilitava o homem a se livrar disso. A possibilidade de uma ressurreição, para eles, significava escravizar o homem ao pecado novamente. 

Parte 3 

Vamos seguir nosso estudo bíblico de 1 Coríntios 15, analisando o que Paulo ensina sobre a fé na ressurreição de Jesus e suas implicações. 

Se não há ressurreição dos mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou; e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. Mais que isso, seremos considerados falsas testemunhas de Deus, pois contra ele testemunhamos que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Mas se de fato os mortos não ressuscitam, ele também não ressuscitou a Cristo. Pois, se os mortos não ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados. Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão. 1 Coríntios 15:13-19 

Seguindo este estudo de 1 Coríntios 15, vemos que Paulo segue sua defesa de que a ressurreição de Cristo é fundamental para a base da fé cristã. 

Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. 1 Coríntios 15:20 

Outra curiosidade bíblica de 1 Coríntios 15 está no versículo 20, quando Paulo fala das primícias, que podemos ler sobre em Levíticos 23:10 e 11. Naquela época, a porção, o feixe, das primícias era seguida de todo o resto. Paulo usa esta analogia para explicar que Cristo garante a ressurreição de todos que vêm após Ele. Aqui Paulo relaciona a ressurreição de Cristo como as primícias da ressurreição de todas as demais pessoas. 

Neste trecho de nosso estudo bíblico de 1 Coríntios 15 vamos ver como a ressurreição de Cristo foi uma primícia da ressurreição dos fiéis. 

Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem. Então virá o fim, quando ele entregar o Reino a Deus, o Pai, depois de ter destruído todo domínio, autoridade e poder. 1 Coríntios 15:23,24 

Aqui, ao que tudo indica, a primeira ressurreição é a de Jesus, depois dos cristãos, em sua segunda vinda e, por fim, a milenar. As palavras de 1 Coríntios 15:24 lembram as escritas em Daniel 2:44 e 7:14 e 27. Já os termos usados nos versículos 25 e 27 lembram as de Salmos 110:1 e Salmos 8:6 respectivamente. 

Porque ele “tudo sujeitou debaixo de seus pés”. Ora, quando se diz que “tudo” lhe foi sujeito, fica claro que isso não inclui o próprio Deus, que tudo submeteu a Cristo. 
Quando, porém, tudo lhe estiver sujeito, então o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, a fim de que Deus seja tudo em todos. 1 Coríntios 15:27,28 

Aqui Paulo explica que o Filho não é inferior ao Pai, mas quando a morte for vencida, no final do “Milênio”, tudo será administrado pela trindade divina. 

Se não há ressurreição, que farão aqueles que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que se batizam por eles? 1 Coríntios 15:29 

Uma curiosidade bíblica pode passar desapercebida ao lermos o versículo 29. Paulo aqui faz referência a uma possível prática dos corintos naquela época. Segundo estudos bíblicos, provavelmente alguns cristãos desta cidade estavam batizando parente de cristãos mortos em seus lugares. Ou seja, quando um cristão morria sem ser batizado, um amigo ou parente pedia para ser batizado em nome do falecido, prática reprovada por Paulo. Talvez, uma pessoa estivesse sendo batizado no lugar de outro, já morto. Paulo enfatiza que tal prática testifica a ressurreição. 

Parte 4 

Agora, Paulo começa a associar a ressurreição como combustível para seu trabalho. 

Todos os dias enfrento a morte, irmãos; isso digo pelo orgulho que tenho de vocês em Cristo Jesus, nosso Senhor. Se foi por meras razões humanas que lutei com feras em Éfeso, que ganhei com isso? Se os mortos não ressuscitam, “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”. Não se deixem enganar: “as más companhias corrompem os bons costumes”. 1 Coríntios 15:31-33 

O termo todos os dias, ou dia após dia, realça bem o sofrimento de Paulo. O termo “não se deixem enganar” também é usada em 1 Coríntios 6:9, Gálatas 6:7 e Tiago 1:16. A expressão – as más companhias corrompem os bons costumes é um termo grego, que aparece, pela primeira vez em uma peça escrita por Menandro. Paulo estava orientando os coríntios a se manterem longe dos que pregavam que não há ressurreição. 

A luta de Paulo em Éfeso, mencionada no versículo 32 refere-se às dificuldades e tribulações de Paulo naquela região. Podemos ler sobre isso de novo em 2 Coríntios 1:8. Feras não são animais, mas pessoas contra o cristianismo. A seguir, no mesmo versículo, Paulo faz uma referência a Isaías 22:13 e Isaías 56:12. Seu raciocínio é: se não há ressurreição (na glória) minha luta teria sido em vão e eu não faria isso.   

Mas alguém pode perguntar: “Como ressuscitam os mortos? Com que espécie de corpo virão? ” 1 Coríntios 15:35 

A partir deste versículo, até o 50, Paulo trata de dois erros comuns de conceituação. Vamos selecionar alguns pontos importantes deste trecho em nosso estudo de 1 Coríntios 15.  

O primeiro erro é o de que o corpo seria o mesmo do túmulo. Outro erro é o oposto, achar que o novo corpo não tem relação alguma com o primeiro. Paulo explica que este corpo é o que Deus deu aos ressurretos, relacionado ao primeiro, mas diferente em sua essência.  

O versículo 35 tem uma referência a Ezequiel 37:3, quando inicia-se a famosa história da ressurreição dos ossos no vale seco.  

Assim será com a ressurreição dos mortos. O corpo que é semeado é perecível e ressuscita imperecível; 1 Coríntios 15:42  

No versículo 42 podemos ver uma semelhança com Daniel 12:3 e no versículo 45, Paulo menciona Gênesis 2:7. Gênesis volta a ser mencionado no versículo 49, onde podemos ver que Paulo se inspirou em Gênesis 5:3. O novo corpo não se deteriora. 

Assim está escrito: “O primeiro homem, Adão, tornou-se um ser vivente”; o último Adão, espírito vivificante. 1 Coríntios 15:45 

Aqui, Paulo faz uma referência a Gênesis 2:7 

Assim como tivemos a imagem do homem terreno, teremos também a imagem do homem celestial. 1 Coríntios 15:49 

A imagem do homem celestial é uma referência ao corpo ressurreto, que será semelhante ao de Cristo. 

Estudo bíblico de 1 Coríntios 15 – Parte Final 

Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. 1 Coríntios 15:51 

Vamos destacar mais alguns versículos neste estudo de 1 Coríntios 15. A partir deste trecho, o apóstolo está respondendo à pergunta “o que acontecerá às pessoas que não morrerem?”. O arrebatamento torna-se o assunto agora. Vale lembrar que este assunto é totalmente desconhecido no Antigo Testamento. 

Em 1 Coríntios 15:51 Paulo diz ter um mistério, termo usado para revelar um plano de Deus que ainda não era conhecido. Podemos ver que estas palavras de Paulo referem-se ao dia do retorno do Senhor Jesus, quando os que não tiverem mortos serão transformados em corpos incorruptíveis sem a necessidade de morrer.   

Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade. Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória”. 1 Coríntios 15:53,54 

O corpo corruptível é uma menção aos que já tiverem morrido e o copo mortal são aos que estiveram vivos. 

A passagem do versículo 54 tem como base Isaías 25:6; e o versículo seguinte foi inspirado em Oséias 13:14. 

O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil. 1 Coríntios 15:56-58 

O pecado é o aguilhão da morte porque é o pecado que nos amarra à morte. O pecado confere autoridade da morte sobre o homem e a força do pecado é a lei, pois a lei é que revela o pecado, como lemos em Romanos 5:12 e Romanos 7:8 a 11. Este trecho termina com um incentivo firme da ressurreição e uma esperança definida quando ao futuro são incentivos para o serviço no presente.

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Para acompanhar nosso estudo bíblico de 1 Coríntios 15 capítulo por capítulo, leia também. 

 
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