Estudo 1 Coríntios 14 

Estudo 1 Coríntios 14 

Quer compreender um pouco mais sobre os dons espirituais? Então, acompanhe esse estudo de 1 Coríntios 14. O Capítulo 14 de 1 Coríntios é um trecho interessante para um estudo bíblico profundo porque pode nos trazer grandes ensinamentos a respeito dos dons espirituais, como usá-los e como os líderes devem lidar com este assunto delicado nas igrejas. 

Para estudar melhor os dons do Espírito, recomendo que você leia também nosso estudo dos capítulos 12 e 13.  

Depois de deixar bem claro sobre a importância do amor, que é eterno, ao contrário dos dons de profecia e a própria fé, Paulo faz uma comparação entre dons e sua utilidade no culto.  

Estudo de 1 Coríntios 14: 1 a 9 

Vamos analisar o que Paulo fala sobre profetizar e falar em línguas. 

Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 14:1,2 

A primeira coisa que quero destacar neste estudo de 1 Coríntios 14 é que Paulo deixa claro que o dom da profecia é preferível ao das línguas porque é clara e edifica a igreja. Ao mencionar outra língua, o apóstolo deixa claro que a comunicação entre a pessoa e Deus é diferente da comunicação entre uma pessoa e outra. Em Pentecostes, por exemplo, quando o Espírito foi dado, no entanto, os cristãos falaram idiomas conhecidos. 

O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação. 1 Coríntios 14:4,5 

Repare que Paulo é enfático ao afirmar, mais uma vez, que a língua falada com Deus edifica a si mesmo. Por isso, a interpretação é necessária, para edificar outras vidas. As línguas quando são interpretadas são tão eficientes quanto as profecias. As línguas, sem interpretação são inúteis. 

da mesma sorte, se as coisas inanimadas, que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara? Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar.1 Coríntios 14:7-9 

Assim como uma música precisa de sons distintos para ser apreciada, a fala precisa ser algo compreensível. 

A importância da interpretação 

Na sequência, podemos ler Paulo enfatizando como é importante que haja tradução para o falar em línguas 

Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim. 1 Coríntios 14:11 

Uma curiosidade bíblica deste de 1 Coríntios 14 é que o termo estrangeiros, no versículo 11, é o mesmo que bárbaros, numa alusão aos povos de fora do império romano. 

Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? 1 Coríntios 14:14-16 

Continuando este estudo de 1 Coríntios 14, aprendemos que já que cantar ou orar em línguas sem um intérprete não envolve a mente, seria melhor orar ou cantar em idioma conhecido. O termo “indouto” pode ser empregado aos novos convertidos ou aos visitantes não convertidos.  

No versículo 15, quando Paulo fala em orar “com o espírito”, nesse caso ele quer dizer com nossas emoções, e o termo “com a mente” quer dizer algo compreensível para replicar a mensagem ao resto da igreja. Este trecho bíblico mostra que o cristianismo não é uma fé que foge da razão, do intelectual, pois o próprio messias, Jesus Cristo, nos ensinou a amar a Deus de todo o nosso entendimento – Mateus 22:37. Segundo alguns estudos bíblicos, o versículo 15 também traz uma referência a Salmos 47:7. 

Crescendo na fé 

Depois, Paulo saliente que devemos nos dedicar à nossa fé. 

Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento. Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor. 1 Coríntios 14:20,21 

Em 1 Coríntios 14:20, podemos ver um paralelo com Salmos 131:1. No versículo seguinte, lemos algo muito parecido com Isaías 28:11 e 12, pois na época de Isaías, o fato de os invasores assírios falarem outro idioma era considerado como um sinal do juízo de Deus sobre os judeus, infiéis naqueles dias como eram nos dias de Paulo.  

Segundo estudo bíblico sobre a igreja primitiva consultado, este juízo nos dias de Paulo se concretizou com a derrota e invasão de Jerusalém em 70 dC. O fato de profetizar, no entanto, edifica os crentes, os que creem. 

E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós. Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. 1 Coríntios 14:25-27 

O termo ‘prostrando-se em terra’, no versículo 25 é mais uma alusão ao profeta Isaías, como podemos ler em seu livro, Isaías 45:14.  

Seguindo o estudo de 1 Coríntios 14, podemos ler no versículo 26, uma indicação da participação nos cultos, desde que tudo ocorra em ordem. O apóstolo também deixa claro que o ideal é manter a ordem dos cultos, por isso, recomenda que apenas dois ou três pessoas falem em línguas em público, e nunca ao mesmo tempo e sem um intérprete. 

E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 1 Coríntios 14:29 

Mais uma vez, ele deixa claro que a prioridade é a ordem e que o culto não deve funcionar como “autopromoção” de profetas. 

Os profetas 

Quase sempre associamos os profetas com a capacidade de “prever o futuro”, porém, também são profetas os que falam as verdades de Deus. 

E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. 1 Coríntios 14:32,33 

Por fim, vamos ressaltar o texto de 1 Coríntios 14:32 e 33, quando Paulo fala que os profetas dominam as profecias e não o contrário. Paulo está deixando bem claro que não é normal o profeta sair falando o que quer e dizer que não conseguiu se controlar, pois o Espírito Santo conduz o profeta a esperar por sua vez de falar, a hora certa de falar. 

A vontade de Deus é que sua adoração, inclusive profecias, seja feita em ordem e em paz, evitando confusão e momentos de pavor ou constrangimentos. Nenhum profeta pode exigir que os outros lhe deem ouvido, dizendo que estão sob um poder o qual, na verdade não estão. 

Porventura saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós? Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isto, que ignore. 1 Coríntios 14:36-38 

Ao pedir que as mulheres não ensinem, ele inclui profecias e línguas. No versículo 36, o apóstolo faz uma reflexão – somente os de Corinto são fonte de inspiração da palavra de Deus? Alguém que não aceita as palavras de Paulo não deve ter suas palavras aceitas no meio da igreja. 

Portanto, meus irmãos, busquem com dedicação o profetizar e não proíbam o falar em línguas. Mas tudo deve ser feito com decência e ordem.1 Coríntios 14:39,40 

Os coríntios poderiam corrigir o abuso do tom de línguas com duas finalidades, primeiro atribuindo a importância à profecia e, segundo, estabelecendo regras. 

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Mais estudo de 1 Coríntios 14 

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Agora, se você quer ler um livro sobre o assunto, indico “Os dons e o Poder do Espírito Santo”, de Reinhart Bonke, um evangelista reconhecido por seus estudos sobre os dons Espírito Santo. 

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Um comentário em “Estudo 1 Coríntios 14 

  1. Muito boa a explanação, mas entendo que o falar em línguas se teferem a idiomas antigos e não numa linguagem específica de anjos ou um idioma dos céus. Acho que há muita polêmica neste tópico e muitos abusam dela com uma falsa interpretação.

     

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