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Quem não ama não conhece a Deus 

Quem não ama não conhece a Deus 

Em 1 João 4:8 lemos que quem não ama não conhece a Deus, mas nossa reflexão de hoje vai ser baseada nas histórias de Boaz e Rute e de Ester. Com essas passagens bíblicas no Antigo Testamento, aprendemos muitos sobre o amor que devemos ter uns com os outros e também sobre o amor de Deus conosco. Esperamos que esta palavra para família ajude você a pensar um pouco mais em como você tem refletido seu amor por onde você passa. A compaixão que devemos ter com os outros é a mesma que Deus teve conosco, que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. 

Boaz 

Analisando a história de Rute, podemos perceber que ainda que passemos por momentos difíceis na vida, devemos compreender que Deus tem um proposito para cada história, cada situação. Na verdade, a história de Rute e Boaz tem uma terceira pessoa muito importante envolvida, que é Naomi. 

O caso aconteceu cerca de cem anos antes de Davi ser declarado rei. Naquela época, Israel era dirigida por juízes. De acordo com o livro de Rute, uma mulher chamada Naomi vivia na terra de Belém, casada com seu marido Elimeleque. Eles tinham dois filhos, Malom e Quiliom. Houve muita fome naquela região e eles tiveram que peregrinar. Assim, foram parar na terra dos moabitas. Com o tempo morreram o marido e os dois filhos de Naomi, que eram casados. Naomi ficou lá a sós com Orfa e Rute, suas noras, que eram moabitas. Naquela época, uma mulher viúva não tinha condições de se manter. Se não houvesse um homem para sustentá-la, a maioria estava fadada a escolher entre a prostituição ou a miséria. Por isso, a situação era delicada. 

Naomi dispensou Orfa e Rute para que voltassem aos seus familiares, assim teriam condições de serem mantidas e até de casarem novamente. Rute, no entanto, preferiu ficar com Naomi, meramente por amor, não havia motivo nenhum para ficar com ela. Assim, voltaram para Belém. Aliás, Naomi voltou, pois Rute não era de Belém então ela não voltou, mas “foi para” Belém. 

Lá, Naomi achou um parente distante, chamado Boaz, que teve compaixão de Rute, chamou-a para trabalhar para ele. Mais tarde, casaram-se. 

Vale destacar que Boaz não deveria aceitar Rute, pois ela era moabita e não israelita, mas teve compaixão e a aceitou.  

Aqui, de acordo com muitos estudiosos, o amor de Cristo já era anunciado. Assim como Boaz aceitou uma mulher de fora, era necessário que o Messias aceitasse o povo estrangeiro. A compaixão que Boaz demonstrou é a mesma que devemos demonstrar a todos, independente de serem nosso familiar ou não, da mesma fé ou não, do mesmo partido político ou não. 

Quando João diz que quem não ama não conhece a Deus, ele está sendo bem claro que o amor deve ser incondicional. Boaz aceitou Rute pela graça, pela misericórdia, abençoando também Naomi. Quando demonstramos amor verdadeiro, alcançamos muitas vidas. Através da vida de Rute, que era moabita, e não israelita, o Criador abençoou Israel, pois Davi foi seu neto, por consequência, o Messias é de sua genealogia. 

Muitas vezes, não temos ideia do impacto que nossa demonstração de amor pode alcançar. Analisando as escrituras entendemos por que precisamos amar, para demonstrarmos que conhecemos o Eterno. Em nossa família, precisamos demonstrar este amor e misericórdia diariamente. Em muitos casos, é mais fácil demonstrar amor aos de fora do que aos da nossa própria casa, que convivem conosco e que nos “irritam de perto”, em muitos casos. 

Quem não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 1 João 4:8 

A associação é clara e direta, como podemos dizer que conhecemos um ser que é perfeito em amor, sem demonstrarmos amor uns aos outros. Por isso, a demonstração de amor deve ser uma constante em nossa vida. 

Não se canse de amar, de respeitar, pois isso tem um longo alcance. Ao cumprimentar as pessoas, respeitar, não reclamar, demonstrar respeito, não se vingar, não falar mal, entre outras ações assim, estamos demonstrando amor verdadeiro. Um amor que o mundo não conhece, pois o mundo associa o “amor” com merecimento. Quando Boaz aceita Rute, ele aceita a mulher que não merecia seu respeito, pois nem era israelita. Demonstre respeito não apenas aos irmãos da fé, mas àqueles que estão perdidos, pois são estes que precisam conhecer o amor perfeito. Por isso, a história de Boaz tem relação direta com o nosso aprendizado do dia – quem não ama não conhece a Deus. 

Não podemos nos esquecer que o amor e a misericórdia recebida por Rute foi resultado justamente do amor de Rute por Naomi. No fim da conta, Rute colheu o amor que plantou. 

Aliás, você sabe quem era a mãe de BoazRaabe, a prostituta que ajudou os espias israelitas durante a invasão a Jericó. 

Ester e Mordecai (Mardoqueu, em algumas traduções) 

O livro de Ester narra a história de uma judia que vivia na época de dominação do império Persa, sob o comando de Xerxes. O rei estava a procura de uma nova rainha para seu harém e fez uma espécie de concurso de beleza, vencido por Ester. 

Xerxes tinha um conselheiro chamado Hamã, que tinha raiva de Mordecai porque Mordecai, que era judeu, não se curvava aos ídolos persas. Hamã aconselhou o rei a criar uma lei para extinguir todos que se recusassem a se curvar diante dele. Evidente que os judeus, inclusive Mordecai, a quem Hamã mais odiava, não se prostraram. Assim, Hamã persuadiu o rei a realizar um genocídio, matando todos os judeus. Ester, recebeu orientações de Mordecai, seu tio (alguns traduções trazem primo), a ir falar com o rei Xerxes para revogar a lei ou algo parecido. Ester não entrava na presença do rei há um mês, por isso não se sentiu a vontade para realizar o pedido. Mordecai insistiu, ela pediu que os judeus de todas as regiões jejuassem e orassem em favor dela por três dias. Ao cabo deste período, ela tomou coragem e foi falar com o rei Xerxes. Ao saber que a rainha Ester queria falar com ele, Xerxes disse a famosa frase:  

“Qual é o seu pedido? Mesmo que seja a metade do reino, lhe será dado”.  Ester 5:3 

Ester bolou um plano e um banquete para fazer o pedido e convidou o conselheiro Hamã, que achou que seria homenageado no banquete. Vale lembrar que ele chegou a construir uma forca para Mordecai. Em Ester 7 lemos que Ester explica ao rei que ela e seu povo (Xerxes ainda não sabia que Ester era judia) estavam sendo ameaçados de morte. O rei pergunta quem estaria fazendo isso e ela respondeu: “este Hamã”. O conselheiro foi enforcado na forca que mandou construir para Mordecai. Em seguida, Xerxes ordenou que daria permissão para os judeus se defenderem de seus soldados, que não seriam considerados rebeldes. Assim, os judeus se defenderam e sobreviveram ao plano de Hamã. Assim, nasceu a festa do Purin. 

De acordo com estudiosos, o rei não revogou a lei, mas permitiu que os judeus se defendessem por costume da época de seu reinado. Ao fazer a lei, ele mesmo decretou que não poderia ser revogada. Embora fosse rei, se fizesse isso, daria sinais de fraqueza administrativa. Questões antropológicas à parte, vamos ao que interessa. O que essa história tem a ver com a frase – quem não ama não conhece a Deus. 

Aqui aprendemos que Deus tem planos que nem sempre podemos compreender por completo. Ester foi eleita rainha em circunstâncias delicadas, mas com um propósito lá na frente, livrar o povo judeu. O amor de Deus se reflete em detalhes que só enxergamos muito tempo depois. Assim, devemos plantar o amor nas pessoas, ainda que a colheita seja muito tempo depois. Muitas vezes o coração duro de outra pessoa nos faz desistir de tentar, mas Deus nos ensina a amar acima das explicações e do que vemos, por isso que quem não ama não conhece a Deus, pois amar significa plantar aos poucos, esperar a longo prazo. Por isso, precisamos nos comprometer em amar nossa família. 

Assim como o povo judeu orou e jejuou para obter uma resposta positiva, devemos orar e jejuar em favor de quem amamos. O amor ao povo pode ser entendido como o cristão amando sua igreja, a Igreja de Cristo e não apenas a placa de sua congregação. O amor de Deus é grande demais para ficarmos escolhendo a quem devemos amor. Devemos amar a todos sem condições, mas amar a igreja, seus irmãos é algo que não podemos esquecer. Ao invés de ficar na internet criticando o músico gospel, o pregador X, a igreja Y, devemos trabalhar em comum, como um reino, em unidade, em amor uns aos outros, pois quem não ama não conhece a Deus. 

Esperamos que essas duas situações, Boaz e Rute, assim como a história de Ester te ajudem a compreender que quando Deus nos chama a amar devemos levar isso sempre em mente. 

  1. Não devemos nos cansar de demonstrar amor  
  2. A demonstração de amor tem um longo alcance 
  3. O amor atravessa gerações 
  4. O amor é paciente, espera um resultado longo 
  5. Amar a igreja é uma forma importante de demonstração de amor 

Para ler outros textos para refletir com sua família um pouco mais sobre o versículo que diz “quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”, leia também: 

 
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